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Oficina da fams analisa manuscritos antigos e carta do descobrimento

Publicado: 19 de setembro de 2008
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Uma bula pontifícia datada de 1320, a carta de Pero Vaz Caminha sobre o descobrimento do Brasil e outra assinada por Tomé de Sousa, governador do Brasil, ao rei D. João III, escrita em 1553, foram alguns documentos analisados, nesta sexta (19), durante a Oficina de Paleografia, realizada pela Fams (Fundação Arquivo e Memória de Santos). A atividade, que integra a 1ª. Jornada de Memória e Arquivologia do Litoral Paulista, ficou a cargo da antropóloga Maria Cecília Jurado de Andrade, com mestrado em paleografia no México e pós-doutorado na Espanha. No próximo dia 3, será abordado o tema 'Centro de Documentação e Referência', com a historiadora Simone Silva Fernandes, da PUC. Conforme Cecília Jurado, pela escrita é possível conhecer a transformação da linguagem e o seu significado através dos tempos. 'Com isso, se estudam a formação da sociedade e a própria história da humanidade', afirmou, acrescentando ser possível analisar a unidade cultural por meio da escrita. Ela destacou que a paleografia estuda a escrita produzida em suportes moles, como papiros, pergaminhos, panos e papéis, enquanto a epigrafia refere-se à escrita em suportes duros, a exemplo de pedras, onde se encontram os hieróglifos. 'Já nas moedas, o estudo é numismático'. A peleógrafa destacou, ainda, que a carta de Pero Vaz Caminha apresenta importantes elementos de estudo. 'A letra ali presente tem um traçado que mostra a transição do gótico para a escrita humanística'. Cecília Jurado apresentou a evolução da escrita, destacando alguns alfabetos arcaicos, e normas técnicas para transcrição e edição de documentos manuscritos, e, também, foram realizados exercícios práticos com documentos antigos.