ODS 2030: Santos apresenta resultados, metas e iniciativas de sucesso na área socioambiental

Com foco nos resultados obtidos no último ano e nos objetivos para 2023 na área socioambiental, o Departamento de Políticas de Desenvolvimento Sustentável lançou, nesta terça-feira (17), o Dossiê ODS Santos 2030, em reunião realizada no  auditório do Paço Municipal. O documento ficará disponível no site ODS Santos 2030.

O dossiê é um documento que possui um diagnóstico de todos os programas e projetos das secretarias e autarquias para alcançar os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS, a Agenda 2030, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, com foco em acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

Presente ao evento, a vice-prefeita Renata Bravo parabenizou todos que tornaram possível os resultados apresentados. Atualmente, a Cidade ocupa a 16ª colocação no Ranking ODS, sendo o maior município (entre os 16 primeiros).

"É um orgulho enorme estar nessa posição, mas o que mais nos orgulha é saber que mais do que metas, nós estamos fazendo uma alteração na cultura das pessoas, para que todos entendam a importância do trabalho socioambiental. Trata-se de deixar um legado para todos".

METAS PARA 2023

O chefe de departamentos ODS, Fábio Tatsubô, apresentou as metas para este ano, que incluem: parcerias com universidades e com cidades vizinhas, obtenção de reconhecimento para conquista de novos financiamentos, capacitação de funcionários, fortalecimento de parcerias com a iniciativa privada e o terceiro setor, além de outras metas que serão divulgadas ao longo do ano.

“Santos está trabalhando na agenda 2030, não só na questão ambiental, mas na social também. Nosso diferencial é justamente que estamos atacando fortemente os indicadores que estão em vermelho. As questões da desigualdade social, emprego e renda, além da participação da sociedade privada e da população nesse processo são os grandes desafios que temos em 2023. Por isso a importância dessas parcerias, principalmente com as universidades, e projetos de sucesso como o Feira Feliz”, complementa Tatsubô.

EXEMPLO DE SUCESSO

O projeto Feira Feliz, citado por ele, foi destaque na apresentação, por ser um iniciativa de sucesso que trabalha justamente com todos os componentes de uma agenda socioambiental, ou seja: a participação popular, das universidades, dos feirantes (empresários), do aspecto social com a transferência de alimentos e ambiental, com o fim do desperdício.

Desde agosto do ano passado, o Feira Feliz já reaproveitou 1 tonelada de alimentos. Realizado sempre às quartas-feiras, na feira próxima ao Orquidário Municipal, o trabalho é voltado para o ‘desperdício zero’ de alimentos que antes tinham os aterros como destino.

A ação conta com a participação de profissionais e voluntários do Programa Composta Santos, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) e do programa nacional Mesa Brasil Sesc, além, é claro, da participação e parceria feita com os feirantes.

O Feira Feliz coleta hortaliças e verduras que até então seriam descartadas pelos comerciantes. O material passa por uma triagem (que é feita na barraca do projeto). Em seguida, os produtos são destinados para três diferentes segmentos: alimentação humana (Mesa Brasil), enriquecimento de alimentação animal e compostagem para adubo (Orquidário). De acordo com dados divulgados pela pesquisa, 54% são destinados para compostagem, 26% para alimentação humana e cerca de 20% são direcionados para o enriquecimento da alimentação animal.

De acordo com o secretário-adjunto do Meio Ambiente, Marcus Fernandes, o projeto é um sucesso graças ao trabalho conjunto entre todos os parceiros e o olhar diferenciado para a feira. “Foi necessário um olhar diferente para o descarte realizado pela feira. Com um olhar de sustentabilidade foi possível perceber as oportunidades que geraram a possibilidade de zerar o descarte de material orgânico”.

Fernandes destaca que agora o desafio é replicar essa ação em todas as feiras livres de Santos e até de cidades vizinhas. “É viável expandir esse projeto. Em apenas seis meses, numa feira pequena, uma tonelada de alimentos teve um destino nobre, evitando o desperdício e ajudando as pessoas. Foi um aliado importante na luta contra a insegurança alimentar”, completou.

Fotos: Nathalia Filipe/PMS