Obras na Cadeia Velha entram na etapa de acabamento

As obras de restauro do edifício da antiga Casa de Câmara e Cadeia de Santos estão 70% executadas. Em fase de acabamento, a recuperação do prédio tem previsão de entrega até o início de 2016. Estão sendo investidos R$ 7,5 milhões do Governo do Estado.

Com mais de 2 mil metros quadrados de área construída, a edificação, datada de 1865, está sendo recuperada de acordo com as características originais, garantindo a acessibilidade nos dois pisos — térreo e superior -, inclusive com a instalação de um elevador. As fachadas, esquadrias e pinturas ornamentais também passam pelo processo de restauração.

Na manhã desta sexta-feira (31), o prefeito Paulo Alexandre Barbosa esteve no local, acompanhado do secretário de Cultura de Santos, Fábio Nunes, e do secretário-adjunto Rafael Leal, para verificar a evolução das obras.

Andamento

Com a troca do telhado e da infraestrutura elétrica e para ar-condicionado finalizada, a obra entra na etapa final. Os serviços desta fase compreendem a instalação do aparelho de refrigeração e do elevador, recuperação do piso e pintura das paredes internas.

Já no piso superior, onde fica a Sala Plínio Marcos, os trabalhos estão concentrados na recuperação da escada e na raspagem do piso, também em madeira, para a retirada da cera e tratamento adequado. No local, o telhado também foi trocado e recebeu manta térmica para garantir o isolamento da temperatura interna.

Proposta

O espaço abrigará salas de produção de áudio e vídeo, auditório, memorial, recepção, administração, salão de exposições e banheiros com acessibilidade. A proposta é que a Cadeia Velha ative a cena artística da Cidade com oficinas, cursos de formação, seminários, intercâmbios e o fomento de pesquisa cultural.

Histórico

Tombado pelo Iphan, Condephat e Condepasa, o edifício tem estilo colonial e abrigou as tropas que lutariam na Guerra do Paraguai. Sediou o Fórum, a Prefeitura e o Conselho Municipal de Recursos. Em 15 de novembro de 1894, a Câmara promulgou a primeira e única Constituição Municipal, ocupando as instalações da Cadeia Velha.

Funcionou como enfermaria, atendendo as vítimas de um surto de peste em 1870. Entre 1897 e 1959, foi utilizada como cadeia. Nos últimos anos, foi ocupada pela Oficina Cultural Pagu, até o início do restauro.

Foto: Isabela Carrari