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Novas medidas de restrição valem a partir deste domingo na Região

Publicado: 21 de março de 2020
16h 25

Em estado de calamidade pública, as cidades da Baixada Santista anunciaram novas medidas restritivas, que serão adotadas a partir deste domingo (22) para conter o avanço do novo coronavírus. O anúncio ocorreu após a terceira reunião do Comitê Metropolitano de Contingenciamento, realizada por videoconferência na manhã deste sábado (21) entre os nove prefeitos da Região e representantes da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e do Departamento Regional de Saúde (DRS-4).

Entre as medidas, cada cidade realizará bloqueios estratégicos nos seus acessos, permitindo apenas aqueles que comprovem vínculo empregatício ou residencial. Um pedido foi encaminhado ao governo do Estado para a realização de uma campanha de comunicação a fim de que turistas não venham para a região. Também foi solicitada ao Estado uma triagem dos veículos no pedágio, preservando exceções como profissionais de serviços essenciais (saúde, segurança e assistência social), além de veículos de abastecimento e de operação do Porto e Polo Petroquímico.

Outra determinação foi o fechamento total dos estabelecimentos comerciais, incluindo marinas, clubes, lojas de conveniência de postos de combustível, oficinas mecânicas e borracharias. Serão mantidos abertos apenas supermercados, feiras livres, pontos de venda de gás, postos de combustível, farmácias e estabelecimentos do ramo alimentício – estes devem manter as portas fechadas e funcionar apenas para delivery.

“No caso dos supermercados, mesmo abertos, deverão funcionar sob regras, de acordo com o tamanho da loja, para evitar aglomeração de pessoas. Em relação aos acessos, algumas cidades obtiveram liminar para restringir a entrada de turistas. Em Santos, esperamos que não seja necessário recorrer ao judiciário”, afirmou o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, também presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb).

Ele ressaltou ainda que o objetivo de todas as medidas é fazer com que as pessoas fiquem casa. “Está garantido o acesso à Baixada apenas para quem tiver necessidade profissional e para cargas, para que possamos manter a cadeia logística funcionando. Sabemos nossa responsabilidade econômica com o Brasil, temos um turismo muito forte, mas precisamos preservar a vida das pessoas”.

Todas as ações foram tomadas em caráter metropolitano, com o objetivo de preservar a saúde e a vida da população diante da perspectiva de disseminação rápida da doença em todo o País e da declaração de transmissão comunitária nacional feita pelo Ministério da Saúde na noite desta sexta-feira (20).

Participaram da videoconferência, além do chefe do Executivo de Santos, os prefeitos Caio Matheus (Bertioga), Válter Suman (Guarujá), Ademário Oliveira (Cubatão), Alberto Mourão (Praia Grande), Marco Aurélio dos Santos (Itanhaém), Márcio Gomes (Mongaguá), Luiz Maurício (Peruíbe) e Pedro Gouveia (São Vicente), além de Paula Covas (chefe do DRS-4) e Raquel Chini (diretora-executiva da Agem).

 

Confira as novas determinações metropolitanas – Baixada Santista (Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande, Bertioga, Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá)
 
1 - Acessos às cidades da Baixada Santista
Diante da peculiaridade da região, por conta dos imóveis de veraneio, com o grande movimento de veículos que ainda estão se dirigindo à Baixada Santista, cada cidade realizará bloqueios estratégicos nos seus acessos, permitindo apenas aqueles que comprovem vínculo empregatício ou residencial. Será encaminhado pedido ao Governo do Estado para a realização de campanha de comunicação para que turistas não venham à região, e encaminhamento de pedido de triagem pelo Estado dos veículos no pedágio, preservando as excepcionalidades, como profissionais de serviços essenciais, veículos de abastecimento, Porto e Polo Petroquímico.
 
2 – Comércio  
Fechamento total dos estabelecimentos comerciais, incluindo marinas, clubes, lojas de conveniência de postos de combustível, mantendo aberto apenas supermercados, feiras livres, venda de gás, postos de combustível, farmácias e estabelecimentos do ramo alimentício (estes devem manter as portas fechadas e funcionar apenas para delivery).
 
3 – Insumos
Diante da dificuldade de compra de materiais necessários para hospitais e equipamentos de Saúde, solicitação de apoio do Governo do Estado para preferência na compra desses materiais para os municípios da região.
 
4 - Calamidade Pública
Todas as cidades da Baixada Santista estão em estado de calamidade pública.