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Nova ação de combate a ratos é realizada na orla da Ponta da Praia de Santos

Publicado:
10 de março de 2020
17h 18
técnicos da prefeitura colocam veneno em pedras na orla #paratodosverem

Técnicos da Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz) realizaram desratização na manhã desta terça-feira (10) na Ponta da Praia. A última ação no local havia sido realizada antes do Carnaval e, devido às últimas semanas de chuva, o repasse (avaliação pós-desratização) só pôde ser realizado nesta terça.

Em formato de cubos azuis, as iscas foram presas às pedras com arames. Nenhuma isca ficou visível, pois o objetivo é que atraiam os ratos dentro de seu abrigo, entre as pedras, e longe do alcance dos transeuntes e animais de estimação. A maré baixa e o tempo firme, condição também prevista para os próximos dias, permite uma conservação maior do produto e evita a possibilidade de ser levado pela água. Além disso, tende a manter os ratos em suas tocas durante o dia.

O veneno da isca é formado em sua maior parte por um composto de cereais, mas também contém o flocumafen, anticoagulante responsável por levar vários ratos de uma mesma toca a óbito de forma gradual. O rato morre de cinco a dez dias após comer a isca. Não é usado produto que cause uma morte rápida porque os ratos são muito bem adaptados e têm a capacidade de relacionar a ingestão da isca com a morte, quando esta ocorre de forma imediata.

CUIDADOS

Para além dos cuidados da equipe da Prefeitura de não deixar a isca exposta, existem outras precauções do fabricante: além do sabor amargo, o produto é parafinado, o que garante uma conservação melhor em relação às intempéries e uma sensação ruim se colocado na boca por uma criança ou um animal de estimação.

Vale lembrar que a concentração de veneno no produto é suficiente para levar o rato à óbito, não tendo o mesmo efeito sobre espécies maiores. De toda forma, caso ocorra ingestão acidental, a orientação é procurar auxílio médico, no caso dos humanos, ou veterinário, para os pets.

INTENSIFICAÇÃO

A partir deste ano, a programação de desratizações prevê ações mais frequentes na orla, a cada dois meses – até o ano passado, o intervalo entre uma era de três meses. Porém, o período está sujeito a mudança a partir de alguns critérios, como a identificação da presença concentrada de roedores em uma determinada região. Desde o início do ano, toda a orla passou por três desratizações e as áreas já foram visitadas pelos técnicos da Sevicoz para controle.

Restos de comida, oferendas religiosas e lixo orgânico mal armazenado competem com a isca e sempre ganham a preferência do rato. Por isso, a colaboração da população é fundamental no combate aos roedores. “Na região dos jardins, restos de comida são mais comuns. Na Ponta da Praia, o rato é atraído pelo lixo mal acondicionado, jogado no mar ou que é carregado ao oceano vindo dos canais”, explica Alexandre Nunes Mendes, veterinário da Sevicoz.

BIOLOGIA

Com apenas oito semanas de vida, os ratos atingem a maturidade sexual, condição favorecida ainda mais pela oferta de alimentos. Cada gestação dura cerca de 21 dias e pode resultar em até dez filhotes. Após parir, a fêmea já está pronta novamente para a reprodução. “Após ações de controle de oferta de alimentos, já se percebe diminuição na quantidade de ratos”, afirma o veterinário.

Outras ações

No último sábado (7), ocorreu a primeira ação de limpeza na Ponta da Praia, uma parceria do Ecoar Santos com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam). Foi realizado um mutirão nas pedras localizadas na orla, que resultou em cerca de dez sacos de lixo cheios de resíduos. Regularmente, a Semam realiza ainda campanhas nas praias, voltadas a banhistas e ambulantes, com foco no descarte correto de resíduos.

Fotos: Rogério Bomfim

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