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Mundial na alemanha é a grande meta do ´casal 20´ do judô

Publicado: 27 de março de 2001
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Os santistas Andréa Berti e Alexsander Guedes estão entre os melhores judocas brasileiros do momento em suas categorias. Este ano eles darão um dos passos mais importantes em suas vidas. Vão se casar. Mas como judocas de ponta e com grande experiência internacional, a prioridade até o meio da temporada será o Mundial da modalidade, marcado para julho, na Alemanha. Os dois, apesar de já estarem iniciando os preparativos do casamento, têm o judô como assunto principal e treinam, visando buscar medalhas para o Brasil. Para chegar ao Mundial terão, antes, de vencer a seletiva final, prevista para maio, no Rio de Janeiro. Na 1ª disputa, em dezembro, passaram com tranqüilidade. Vontade, determinação e experiência, ambos têm de sobra. Em mais de dez anos de viagens internacionais, eles conheceram boa parte do mundo - toda a Europa, Ásia, América do Norte, e países poucos conhecidos como Cazaquistão, Croácia. Andréa (Unimonte/ Pinheiros/ Prefeitura de Santos) e Alexsander (Unimonte/ Pinheiros/ Ortocenter/ Estrela de Ouro) querem mostrar no Mundial que têm grande potencial e que a não participação nas Olimpíadas de Sydney, em 2000, foi um golpe de azar. Antes do Mundial, eles disputam uma das fases do circuito europeu, onde já estarão valendo pontos para o ´ranking´ que definirá as categorias nos Jogos Olímpicos de Atenas (Grécia), em 2004. Alexsander está com 27 anos de idade e luta na categoria meio médio (até 81 quilos). Em 2000, fiz uma preparação excepcional, inclusive com um estágio de três semanas no Japão, visando Sydney, mas uma contusão na seletiva acabou com as minhas chances. Espero aproveitar este aprendizado neste mundial, acrescenta o judoca. Fez parte do grupo que a Confederação Brasileira formou para uma superpreparação para as Olimpíadas. Viajou para o Circuito Europeu, onde garantiu uma medalha de prata na etapa de Berlim (Alemanha), e teve seu ponto alto em abril, quando treinou no Japão. Conhecemos ídolos nossos, que só víamos em fitas de vídeo, e estivemos no Instituto Kodokam e na Universidade de Nitaidai, em Tokyo. São estruturas incríveis. Sempre tive vontade de conhecer. Lá tudo é voltado para o judô. No Kodokam são seis andares só para o nosso esporte, conta Alexsander. Além do estágio na maior potência mundial do judô, Alex teve várias experiências. Foi prata em Berlim e 5º lugar na etapa do Europeu em Budapeste (Hungria) e ainda fez pódios em dois torneios muito fortes na Itália, sendo bronze no Guido Sieni e novamente prata no Tretorri. Depois de toda a preparação, ele chegou na seletiva final, em julho, muito bem preparado, mas por infelicidade machucou o braço direito logo na 1ª luta. ANDRÉA BERTI JÁ ESTEVE EM 3 OLIMPÍADAS Uma das mais experientes e técnicas atletas brasileiras, Andréa conta com a vantagem de ter na bagagem três olimpíadas - Barcelona, em 92, Atlanta, em 96, e Sydney (como reserva), em 2000. Assim como Alexsander, Andréa teve uma grande decepção em 2000. Depois de duas olimpíadas, ela era a grande cotada, mas logo na seletiva inicial não ficou entre as duas primeiras e teve de ir para a repescagem. Garantiu a sua participação na etapa final. Mas antes de chegar na decisão pela vaga para Sydney foi treinar no Japão. Foi ótimo, porque estávamos no Japão só para treinar. Então, pudemos aprender, assimilar muito, ressalta Andréa, que também está com 27 anos de idade e luta na categoria ligeiro (até 48 quilos). De volta ao Brasil, Andréa disputou a seletiva. Venceu no 1º dia, mas foi derrotada no dia seguinte. E foi para os Jogos como reserva. Fiquei muito chateada, porque eu fui titular da seleção por dez anos seguidos e, principalmente, por estar me achando muito bem física e tecnicamente. Mas sabia que a minha principal função lá era passar a minha vivência, ajudar a nova geração. Eu era a mais experiente do grupo. Tive de ser forte para apoiar, recorda. Andréa busca o seu quarto mundial (disputou as edições de 93, no Canadá, 95, no Japão, e 97, na França) e está motivada. Vou com toda a garra do mundo. Tenho compromisso com os meus patrocinadores e quero mostrar que estou muito bem preparada, afirma a judoca, que tem no currículo cinco títulos nacionais, seis paulistas, o bronze no Pan-Americano de Mar Del Plata (Argentina), em 95, o tricampeonato nos Jogos Sul-Americanos, além do 5º lugar por equipes no Mundial da Bielorússia.