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Mostra de artes cênicas em Santos terá participação de indígenas e teatro nativo

Publicado: 6 de julho de 2023 - 17h25

As experiências e vivências artísticas dos docentes da Escola de Artes Cênicas (EAC) Wilson Geraldo ganham o palco na ‘VII Mostra de Professores da EAC’, em eventos abertos ao público a partir de segunda-feira (10). A abertura fica por conta do ‘Cortejo Encantado’, obra do grupo Refinaria Teatral com participação de indígenas Kariri-Xocó e que traz características cênicas da teatralidade nativa. A exibição será no Teatro Municipal Braz Cubas (Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias), na segunda-feira (10), com sessões às 14h e às 19h, seguidas de conversa com o cacique Yradzu Kariri-Xocó.

Sede da EAC Wilson Geraldo, o Teatro Guarany (Praça dos Andradas, 100, Centro Histórico) será palco da projeção do filme ‘Argentina, 1985’, na terça-feira (11), às 15h e às 19h. Depois da sessão haverá um debate coordenado por Imara Reis e Daniela Giampietro. Protagonizado por Ricardo Darín e com direção de Santiago Mitre, o longa traz à tela a história verídica dos promotores públicos que investigaram e processaram a ditadura militar mais sangrenta da Argentina.

Para encerrar a programação, na quinta-feira (13), também às 15h e às 19h, a Mostra de Professores da EAC Wilson Geraldo realizará a palestra ‘Arte e Política’, com Judson Cabral e Maria Alice Peres, no Guarany.

Todas as atividades são abertas ao público, basta chegar 15 minutos antes para garantir o seu lugar. O Teatro conta com 300 assentos.

CORTEJO ENCANTADO

Obra do grupo Refinaria Teatral, o ‘Cortejo Encantado’ foi criado em 2021 e teve sua estreia no segundo semestre do mesmo ano. O trabalho traz a força da cultura dos povos indígenas que habitam o estado de São Paulo e seus personagens místicos, os seres ‘encantados’ presentes em distintas manifestações ritualísticas de caráter cênico dos povos tradicionais.

Na obra, deuses e entidades encantadas se materializam no plano terrestre e convocam os seres terrenos a adentrar à força sagrada através de cantos ritualísticos. A dança divina e o toré (ritual comum a várias etnias do Nordeste brasileiro, como os Pankararu, Pankararé, Kariri-Xocó, Xukuru-Kariri, Potiguara, Geripancó e Fulni-ô) conclamam a força da vida revelando a beleza intacta e seu poder de cura.

Com canto na língua Guarani e torés tradicionais do povo Kariri-Xocó, o cortejo narra passagens terrenas dessas entidades e visa estimular o mergulho à verticalização tão necessária dessa força e sabedoria cultural nativa e sua relevância.

Esta iniciativa contempla o item 4 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Educação de Qualidade. Conheça os outros artigos dos ODS.