Moradores conhecem funcionamento de estação elevatória contra enchentes na Zona Noroeste de Santos

Inaugurada no mês passado, a Estação Elevatória com Comportas (ECC) Engenheiro Marcos Diniz, na Zona Noroeste, desperta a atenção de moradores que passam pela região. Para mostrar um pouco do funcionamento do novo equipamento, destinado a combater os alagamentos da região, o programa Fiscaliza Santos, criado pela Ouvidoria Transparência e Controle, realizou uma visita ao local, na manhã desta segunda-feira (5), com moradores e representantes do Conselho de Transparência da Cidade.

“A gente passa aqui na frente e não imagina o que acontece dentro do prédio. Foi muito importante saber sobre o funcionamento e como isso vai ajudar a pôr fim aos alagamentos”, disse a dona de casa Maria Teresa Amador.

Ela e a irmã, Maria José dos Santos, lembram que antes da implantação do sistema era muito comum a água entrar nas casas e atingir cerca de 30 centímetros de altura. “Essa obra é muito importante para quem mora aqui. A gente está bem feliz com ela e não quer mais viver isso de ter água dentro de casa”, afirmou Maria José.

“Essa visita é a realização de um sonho, pois foi um projeto aguardado por muitos anos e tinha gente que jurava que isso não ia sair do papel. Agora está aqui para todos verem”, comemorou o presidente do Centro Comunitário Marechal Arthur da Costa e Silva, Pedro Estevão.

A obra integra o programa de macrodrenagem da Prefeitura e começou a funcionar no dia 19 de maio. Os visitantes foram acompanhados por técnicos que, além de tirar dúvidas, detalharam as quatro situações em que a ECC opera: na primeira, em caso de chuva fraca coincidente com maré baixa, as comportas permanecem abertas e a água flui, por gravidade, para o Rio dos Bugres. Já com a maré baixa e chuva forte, parte da água pode ser retida pelas comportas.

A terceira situação envolve chuva fraca e maré alta, quando as comportas se fecham e a água fica armazenada no reservatório de acumulação, com capacidade para 4,2 milhões de litros - volume similar ao de três piscinas olímpicas. Neste caso, as bombas retiram gradativamente a água retida, lançando-a no rio. Na quarta possibilidade, quando há ocorrência de chuva forte e maré alta, as comportas permanecem fechadas, com todas as bombas funcionando ao mesmo tempo para lançar o volume no Rio dos Bugres.

“As pessoas estavam muito curiosas sobre a estação e, há meses, vinham querendo conhecer o local. Agora, sem obras e com mais segurança, foi possível abrir o espaço para a visita e apresentar os detalhes”, explica a coordenadora do Fiscaliza Santos, Sandra Santana.
Esta iniciativa contempla o item 9 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Indústria, Inovação e Infraestruturas. Conheça os outros artigos dos ODS.