Metade dos santistas já tomou a primeira dose de vacina contra a covid-19

CIDADE SE PREPARA PARA A IMUNIZAÇÃO DESDE DEZEMBRO

NÃO DEIXE DE TOMAR A SEGUNDA DOSE

Uma dose de esperança aplicada no braço de metade da população santista. Nesta sexta-feira (25), o município de Santos atingiu a marca de 50% da população contemplada com a primeira dose de vacina contra a covid-19. São 216.667 doses divulgadas pelo Estado no site Vacina Já para uma população estimada em 433.656 pessoas, de acordo com o IBGE. A Cidade é ainda a primeira no ranking de primeira dose no Estado de São Paulo, proporcionalmente ao tamanho da população, dentre as que têm mais de 200 mil habitantes. Com a segunda dose, foram imunizadas 92.711 pessoas em Santos (21,4% da população).

Vale lembrar ainda que há um atraso entre o registro das doses realizadas pelo Município e a divulgação oficial por parte do Governo do Estado.

A campanha de vacinação em Santos é ininterrupta: sempre há postos abertos, mesmo aos finais de semana e feriados. De segunda a sexta, regularmente, são 30 locais de vacinação e, quando necessário, um posto a mais é aberto para melhor atendimento aos munícipes. Atualmente, este posto é montado no Santos Convention Center.

Santos conta com três imunizantes contra a covid-19: CoronaVac, Oxford/AstraZeneca e Pfizer. Mais de 200 pessoas trabalham diretamente na vacinação, que em Santos conta com o apoio de outras secretarias, na organização e apoio nos postos e nos registros de vacinas.

Toda essa estrutura permite que o Município tenha uma alta capacidade de imunização diária. No dia 16 de junho, 11.043 doses de vacina contra a covid-19 foram aplicadas, o maior número registrado desde o início da campanha, sem a ocorrência de problemas nos postos. Vale lembrar que, paralelamente, acontece a campanha de vacinação contra a gripe e que a aplicação das vacinas de rotina, que constam do calendário do Ministério da Saúde, não foi paralisada.

SAÚDE PÚBLICA

Em visita ao posto de vacinação no Santos Convention Center, na tarde dessa sexta-feira (25), o Secretário Estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, reforçou a importância da aplicação das duas doses da vacina para o ciclo completo de imunização e elogiou as ações de combate à pandemia na Cidade. "Para que a gente controle a pandemia, precisamos ter 75% da nossa população vacinada. É isso que o Estado de São Paulo quer e o que a Baixada Santista vem fazendo, inclusive com índices melhores que a região da Grande São Paulo e interior", destacou Gorinchteyn.

CIDADE SE PREPARA DESDE DEZEMBRO

Para o prefeito Rogério Santos, a marca de 50% da população com a primeira dose é fruto de planejamento e da priorização que o Município dá à saúde pública. Santos se preparou para esta campanha e em dezembro do ano passado já havia lançado o Plano Municipal de Imunização. Insumos foram adquiridos com antecedência em quantidade suficiente para toda a campanha e profissionais de saúde foram contratados exclusivamente para atuar nesta vacinação.

"Acompanhamos dia a dia a nossa cobertura, bem como nosso estoque, para que possamos, sempre que possível, antecipar os grupos e acelerar a imunização. O SUS está fazendo a diferença na vida das pessoas, é muito emocionante ver a alegria da população em se vacinar. Chegar a 50% da população com a primeira dose é uma marca que nos orgulha muito", destaca o prefeito Rogério Santos.

O secretário de Saúde, Adriano Catapreta, lembra que a população que atualmente pode se vacinar no Brasil é a que tem mais de 18 anos. Em Santos, essa população corresponde a cerca de 343.656, já que aproximadamente 90 mil pessoas têm entre zero e 17 anos.

"Caso consideremos apenas a população a quem é permitida a vacinação, nosso índice de cobertura sobe para 63%. É um número bastante expressivo. Sentimos a adesão a esta campanha, as pessoas estão conscientes de que a imunização é a medida mais eficaz para combater a pandemia. Agradeço ainda todos os profissionais envolvidos, que estão muito dedicados, trabalhando diariamente para oferecer o máximo de conforto e segurança aos munícipes. Esse resultado é compartilhado com todos", afirma Adriano Catapreta, secretário municipal de Saúde.

LOGÍSTICA

A vacina contra a covid-19 em Santos não fica parada. E foi assim desde a primeira remessa recebida, na noite do dia 19 de janeiro. Na manhã seguinte, as doses foram distribuídas aos hospitais, unidades de pronto atendimento e ao Samu, para a imunização o mais breve possível dos profissionais de linha de frente contra a doença. Também com a primeira remessa foram contemplados os idosos que vivem em instituições de longa permanência, conforme o estabelecido pelo Plano Estadual de Imunização.

Sempre que uma nova remessa de vacinas chega ao Município, a Central de Imunização municipal comunica o Departamento de Atenção Básica, responsável pelas policlínicas e postos externos. A divisão das doses por posto é definida e o mais breve possível são entregues aos locais de vacinação. Sempre que necessário, é feito ainda o remanejamento quando uma unidade necessita de reposição, para que não haja interrupção no atendimento.

A relação completa dos postos, públicos que estão sendo vacinados e a documentação exigida está aqui.

SEGUNDA DOSE É NECESSÁRIA

Somente de 15 a 20 dias após a segunda dose é que o esquema vacinal estará completo.  O Município realiza constante monitoramento dos faltosos, que são contatados por telefone e, em alguns casos, pessoalmente, por meio de visita domiciliar.  São 5.255 pessoas nesta situação.

"Alguns alegam esquecimento; outros, que ficaram doentes e acabaram prorrogando o momento da segunda dose. Infelizmente, houve também quem veio a óbito por motivos diversos no período. Mas aproveitamos para reforçar com a população que tomar a segunda dose é essencial para que a imunização esteja completa, mesmo que o intervalo já tenha sido ultrapassado. Nossas unidades estão preparadas para receber todos", enfatiza Catapreta.

A imunidade de rebanho só é atingida com o mínimo de 80% da população completamente vacinada. Por isso, os cuidados devem ser mantidos: usar máscaras, higienizar constantemente as mãos e, principalmente, evitar aglomerações.

Fotos: Isabela Carrari