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Megamutirão contra a dengue vai atingir 160 mil imóveis

Publicado: 15 de fevereiro de 2002
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O Município de Santos promove hoje (16), das 9 às 16 horas, uma das mais importantes ações coletivas no combate à dengue, neste ano, com a realização de um megamutirão que visa envolver toda a população para manter os 160 mil imóveis da Cidade livres de criadouros do mosquito. Faça uma vistoria em sua casa é o apelo de um manual (chek-list) com 300 mil exemplares, elaborado pelo Programa de Controle da Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e que será distribuído de casa em casa, 3000 pessoas que atenderam ao chamado da Prefeitura, fazendo com que o número de adesões superasse todas as expectativas iniciais. São funcionários municipais e voluntários, com participação do Exército, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Escoteiros, sociedades de melhoramentos de bairros, entre outras instituições. Estão previstos ainda mais três grandes mutirões nos dias 9 de março, 6 de abril e 27 de abril. A partir da ação de hoje, a SMS está modificando o sistema de convencimento da população, segundo esclarece a Coordenadoria da Saúde Coletiva. Ninguém mais deve ficar esperando pela visita dos agentes da dengue para eliminar criadouros. Cabe a cada munícipe checar rotineiramente os locais da casa que podem se transformar em criadouros do mosquito, que hoje se concentram em 90% dos casos dentro das residências. Se todos participarem a dengue hemorrágica não vai entrar em nossa Cidade é um dos slogans da campanha, que mantém seis linhas de telefone de orientação e informação acopladas ao número 3216-1400. CONFIRA A LISTA E ACERTE NO ALVO - Para que cada cidadão seja estimulado a entrar nessa guerra contra o mosquito, figura no manual que hoje está sendo distribuído, um roteiro com 20 indicações de possíveis criadouros e a forma de realizar a limpeza do local, com recomendações ainda para os proprietários de apartamentos de temporada. Ralos abertos, vasos sanitários em desuso sem tampa, trilhos de box de banheiros, calhas entupidas, frascos, potes, copos e outras embalagens que acumulem água limpa, entre as quais, plantas como bromélias figuram na lista de criadouros do Aedes aegypti. Uma das recomendações mais importantes é no sentido de limpar os locais com bucha ou escova para retirar ovos do mosquito que ficam grudados nas paredes laterais (nem sempre visíveis a olho nu) até por 12 meses, sem água, eclodindo quando chega a chuva ou é molhado. E ainda a colocação, 3 vezes por semana, de creolina, cloro ou sal grosso, que matam as larvas. PREMIAÇÃO – Multas e prêmios figuram também entre as estratégias que estão sendo utilizadas pela Prefeitura/SMS para motivar a população a colaborar na proteção às suas famílias. Além da lei (já aprovada em primeira discussão na Câmara) criando multas que variam de R$ 200,00 a R$ 800,00 para empresas, obras abandonadas e imóveis desocupados que mantiverem criadouros do mosquito, também haverá o estímulo por meio de prêmios em dinheiro para quem mantiver sua casa limpa. Para concorrer aos prêmios basta recortar o cupom que figura no rodapé do manual que será entregue nas residências e apartamentos. Com apoio da Drogaria Iporanga e o jornal A Tribuna, haverá durante 15 semanas sorteios de prêmios de R$ 300,00 (e mais R$ 150,00 para vizinhos da direita e da esquerda da casa sorteada). Os cupons deverão ser depositados nas urnas que estarão espalhadas nas 21 lojas da rede de farmácia. O sorteio será toda sexta-feira, às 11 horas, na Drogaria Iporanga da Praça da República, começando a partir do próximo dia 22. O Banco do Brasil também colabora com a ação custeando material da campanha. O mais importante, porém, é que fique claro para cada santista que existe o perigo real de surgimento de casos de dengue hemorrágica. A forma mais grave dessa doença já causou 7 mortes no Rio de Janeiro neste ano, onde já circula o vírus 3. Após o carnaval e com a ida e vinda de pessoas do Rio para Santos, é possível que a dengue-3 seja introduzido em Santos (onde já circula os vírus l e 2) o que torna mais grave o risco da dengue hemorrágica. Mas se houver a redução da população de mosquitos, esse risco será bem reduzido.