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Médicos e enfermeiros recebem orientações sobre  doação de órgãos

Publicado: 28 de setembro de 2019 - 11h05

“O problema da doação no mundo é o profissional de saúde que não sabe fazer o diagnóstico de morte, não sabe falar com a família, que não entende o processo de doação como algo sério ou tem dúvidas com relação à manutenção dos órgãos. Mas ao mesmo tempo, ele é a solução”. A avaliação é do nefrologista Reginaldo Carlos Boni, docente e facilitador internacional do Donation and Transplantation Institute (instituto de doação e transplante), da Espanha.

Neste sábado (28), ele deu o curso Atualização em Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante para médicos e enfermeiros das unidades de pronto atendimento e hospitais da Prefeitura de Santos. A capacitação, realizada no Novotel Santos, abordou questões como identificação de potenciais doadores; diagnóstico de morte encefálica; manutenção de potenciais doadores e entrevista familiar.

“O objetivo desse curso é qualificar os profissionais de saúde da nossa rede, para que possam aplicar o conhecimento no dia a dia das unidades e, assim, obtermos melhores resultados de captação de órgãos e tecidos”, afirma Danielle Caliani Barbosa Machado, chefe da Seção de Captação de Órgãos e Tecidos.

No Brasil, a decisão pela doação de órgãos é feita pela família do potencial doador – e sensibilizar para esta atitude não é tarefa das mais fáceis.

 

SOLIDARIEDADE

A forma como a equipe de saúde deve se dirigir à família do paciente para comunicar a morte faz diferença pela aceitação da doação, explicou Reginaldo Boni, em sua apresentação. É importante mostrar-se solidário com a dor do outro e oferecer ajuda para diminuir a tensão e somente depois abordar a doação dos órgãos e tecidos.

De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), de janeiro a junho de 2019 foram realizadas 3.149 entrevistas com familiares de potenciais doadores de órgãos e 1.302 (41%) resultaram em recusas.

Dados de junho de 2019 da ABTO mostram que 35.519 pacientes estão em lista de espera por órgãos e tecidos no Brasil: 24.007 aguardam rim; 1.211, fígado; 278, coração; 176, pulmão; 23, pâncreas; 44, pâncreas e rim; 9.383, córnea. Mais de um órgão ou tecido pode ser captado de um doador, beneficiando outras pessoas.

O evento no Novotel segue até o fim da tarde deste sábado.

TIRE DÚVIDAS SOBRE A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS