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Mais trabalhadores estão atuando em cooperativas de reciclagem

Publicado: 26 de julho de 2017
16h 24

Cresceu 79% em um mês o número de pessoas que trabalham em cooperativas de separação de lixo limpo na Cidade. Uma das duas em funcionamento no Município, a Cooperativa de Materiais Recicláveis Santista (Comares) teve duplicado o número de trabalhadores desde o início do programa Recicla Santos.

Segundo a diretora da entidade, Odete dos Santos, até o mês passado havia 40 pessoas atuando com separação de lixo na sede da Alemoa. Agora, ela diz que há 80 e credita o aumento às exigências de destinação correta dos resíduos sólidos impostas pela Lei 952, que entrou em vigor no dia 2. “Melhora à medida que as pessoas vão se informando”, celebra.

No mesmo período, a cooperativa da ONG Sem Fronteira, que recolhe materiais recicláveis e os separa em um galpão alugado no Paquetá, teve duplicada a coleta em edifícios. A expectativa é de fechar o mês com 60 toneladas recolhidas, sendo que a média nos meses anteriores era de 30 toneladas.

No local, há um espaço reservado a trabalhadores independentes, que trazem o material em carrinhos e fazem a triagem, recebendo por volume separado. Estes eram cinco e passaram a 15 nas últimas semanas.

Já na área mais ampla, atuam os cooperados, que cumprem carga horária e repartem os recursos obtidos com a venda dos recicláveis para indústrias da capital. Neste setor, mais cinco foram incorporados à equipe, agora formada por 30 membros.

Social

O diretor da ONG, Marcelo Adriano da Silva, ressalta o valor deste tipo de serviço, principalmente por ser voltado a pessoas de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social. “A Cidade começou a entender a importância do catador e, aqui, fazemos um trabalho sem discriminação”.

Desempregados encontram fonte de renda

Após dois meses desempregado, Cristian Correia, 32 anos, ingressou segunda-feira (24) na cooperativa da ONG Sem Fronteira. Sem trabalho como ajudante de obra, soube da chance de atuar com triagem de lixo limpo e não pensou duas vezes. “É uma renda que ajuda muito”. Morador do Paquetá e pai de três filhos, ele celebra a oportunidade. “É necessário, principalmente por causa das crianças”.

No mesmo galpão, quem chegou há uma semana foi Andrea do Carmo. Aos 38 anos, ela mora na Vila Nova e cuida da mãe aposentada. Sem ofertas de emprego, decidiu procurar o ramo de reciclagem. “Não conseguia nem os trabalhos de diarista”, conta, lembrando que, com o que recebe agora, já consegue adquirir produtos básicos. “Já dá para comer e comprar itens de higiene pessoal”.

Foto: Susan Hortas