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Mais de 700 focos com larvas foram eliminados nos mutirões de Santos em 2024

Publicado: 21 de fevereiro de 2024 - 17h58

Foi realizado nesta quarta-feira (21) o 7º Mutirão de Verão de Combate ao Aedes aegypti no bairro Ponta da Praia, em Santos. Sessenta e cinco agentes de combate a endemias fizeram a vistoria em uma parte do bairro e eliminaram 93 focos de mosquito, em 1.945 imóveis visitados. Os locais que estavam fechados serão visitados neste sábado (24), a partir das 9h.

O total de focos com larvas eliminado em mutirões em Santos no ano de 2024 chega a 710. O número impressiona, pois representa 26,1% da quantidade total eliminada no ano inteiro de 2023.

Entre os locais com água parada em que foram eliminados focos com larvas de mosquito estão ralo externo, bromélia, balde, vaso e pratinho de planta.

CONTROLE DOS FOCOS

A chefe de atividades técnicas do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor da Prefeitura, Ana Paula Favoreto, explica que “temos um número expressivo de focos e, quando os casos de dengue aumentarem exponencialmente, tende a ser preocupante”, conta.

O trabalho dos agentes de combate a endemias é impedir que a situação se agrave, passando de casa em casa, eliminando os focos e instruindo a população. Mas isso não é o suficiente para conter o mosquito; a população deve se mobilizar nesta luta e tomar os cuidados necessários, principalmente evitando água parada. “É melhor prevenir do que remediar”, completa.

 A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras, ressalta que a população deve ficar em alerta e tomar cuidados (confira abaixo) principalmente dentro de suas residências. “Um único mosquito é capaz de transmitir dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Combater o Aedes é prevenir todas essas doenças”.

Ana explica que as condições ideais para o mosquito procriar com maior velocidade são a presença de calor e umidade, situações normais do verão em Santos, que aumentam a velocidade da eclosão do mosquito.

COMO IDENTIFICAR A DOENÇA

O munícipe que estiver com febre alta, dor de cabeça e manchas vermelhas, ou seja, aos primeiros sinais da doença, deve procurar uma unidade de saúde. Se tiver algum sinal de alerta como vômito, dor abdominal ou algum sangramento pelas mucosas, deve ir imediatamente.

“Não existe tratamento para a dengue, apenas um tratamento paliativo, que faz com que os sintomas fiquem mais amenos. O ideal para o cuidado de quem tem dengue é tomar algum analgésico e principalmente a hidratação e o repouso”, completa Ana Valeiras.

VACINA

Sobre a vacina da dengue, Ana explica que o imunizante é distribuído pelo Ministério da Saúde. “No estado de São Paulo, apenas 11 municípios receberam a vacina contra a dengue, essa situação se deve ao fato de o laboratório não conseguir fornecer as vacinas na velocidade que precisamos, então as áreas endêmicas estão recebendo primeiro, o que não é a situação de Santos. No primeiro momento estão vacinando as crianças, pois elas não passaram pelas outras epidemias de dengue, portanto estão mais suscetíveis a se infectar”.

CONSCIÊNCIA

A primeira parte do mutirão na Ponta da Praia compreendeu o perímetro formado pelas avenidas Joaquim Montenegro e Saldanha da Gama, e ruas Olavo de Paula Borges, Dona Maria Máximo e Dona Amélia Leuchtemberg. Uma das casas visitadas foi a de Regina Cicone (foto abaixo), aposentada de 71 anos que mora com o marido Luiz Gustavo, 60, e ambos nunca pegaram dengue. “Tomamos todos os cuidados, colocamos areia nos pratos das plantas, água sanitária nos ralos etc., pois não queremos pegar dengue, principalmente com a nossa idade avançada”, conta Regina, que está preocupada não só com sua casa, mas também com a vizinhança devido ao aumento de casos no Brasil.

A empresa Terracom atuou em parceria com a Secretaria de Saúde, disponibilizando uma equipe de 25 agentes e um caminhão para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros do mosquito. A segunda etapa do mutirão no bairro está prevista para o dia 28 de fevereiro.

O MOSQUITO

As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.

Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue, chikungunya, zika ou febre amarela urbana ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.

PRINCIPAIS DICAS

  • Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas
  • Pias - verificar vazamentos e manter ralo vedado
  • Ralos no chão - tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana
  • Bandeja externa de geladeira - verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca
  • Vaso sanitário e caixas de descarga - manter tampados
  • Calhas e lajes - caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema
  • Caixas d'água - verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas
  • Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas - verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

ESTRATÉGIAS DE SANTOS AO ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – ANO INTEIRO

  • Casa a Casa - programa de visitação de rotina aos imóveis
  • Mutirão - varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
  • Imóveis especiais e pontos estratégicos - locais visitados mensalmente
  • Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers
  • Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
  • Nebulização - aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
  • Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
  • Acompanhamento epidemiológico - notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
  • Atividades Educativas - atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
  • Atendimento a denúncias - feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gob.br/ouvidoria  

 

BALANÇO

Os mutirões de verão realizados em 2024 eliminaram 710 focos com larvas. Em 2023, Santos registrou 655 caos de dengue e 52 de chikungunya entre os moradores da Cidade. Em 2024, são 65 casos de dengue e 2 de chikungunya.

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade. Conheça os outros itens dos ODS.