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Mais de 130 artesãos mostram talento em feiras de economia criativa no Centro Histórico de Santos

Publicado: 22 de julho de 2022 - 7h20

Separe sapatos e roupas confortáveis e venha com muita vontade de bater perna em um roteiro do artesanato. As Feiras de Economia Criativa, que vão até domingo (24), são um passeio à parte durante a 14ª Conferência Anual da Rede de Cidades Criativas da Unesco. Espalhadas em quatro pontos do Centro Histórico de Santos, valem a caminhada, já que o visitante poderá encontrar o talento de mais de 130 artesãos, com entrada gratuita.

ARCOS DO VALONGO

(Rua Comendador Neto, 3 - Rua do Comércio)

Mais de 40 expositores de dois grandes coletivos criativos apresentam sua arte para os visitantes nos Arcos do Valongo. Uma infinidade de peças e tipos de produtos para casa, decoração, camisetas estilizadas com a cara de Santos e bijuterias de tirar o fôlego.

Gabriela Sacramento veio de Cotia (SP) para expor produtos, que chama de linha zen. São incensos, quadros com frases e vários budas bebês. “Tem o que significa abraço e alegria. Tem o do renascimento. Nosso lema é arrancar sorrisos das pessoas e levar leveza”.

Marly Boghossian é moradora de Santos desde fevereiro. Ela mudou com a família, deixando a cidade de Penápolis, no Interior, para realizar o sonho de viver na praia. Com ela, trouxe sua produção de itens para decoração. A linha sempre teve como temática galinhas. Agora, as aves vêm ganhando peixinhos como companheiros.

“Já montei meu ateliê e agora voltei a participar das feiras. Sempre viajei pelo País e acho excelentes eventos como esse que ajudam a divulgar nosso trabalho. Estou muito feliz aqui”.

Passeando pelos Arcos do Valongo, a santista Rosângela Leal ficou encantada com tudo que viu. “Trouxe minha sobrinha de Campinas, que está passeando aqui. São uma delícia eventos desse tipo. Poderia ter sempre. A gente conhece muita coisa diferente”.

Confira os horários:

Sexta (22) - das 10h às 23h

Sábado (23) e Domingo (24) - das 11h às 23h

ESTAÇÃO DO VALONGO

É a produção santista saindo das mãos de 15 expositores que mostram itens diversificados no local. Muitos aproveitam o entorno, como as saídas do bonde e o Museu Pelé, como inspiração. Tem foto temática e diversos itens destinados a lembrancinhas.

É o caso de Reinaldo Mathias e da esposa, Sonia Silva Silveira. Ele trabalha com madeira e faz porta-vela, chaveiros, porta-copos com desenhos das muretas do canal, com a fachada da Frontaria Azulejada, entre outros. Ela faz o mesmo, mas utilizando o papel como matéria-prima. 

“Nosso objetivo é divulgar Santos, nossa cidade natal. Isso encanta os turistas. Eles sempre querem levar um pedacinho da Cidade com eles”.

Sônia Rosa Bueno e Carolina Bueno fazem sabonetes veganos. Há até produtos naturais para pets. A pandemia serviu de empurrão para mãe e filha começarem a produção artesanal. Agora, a novidade é levada para eventos e, assim, tornam a marca conhecida, além do mundo digital. “A pandemia estava me enlouquecendo. Ficar em casa, fechada, estava difícil, então a gente precisava inventar algo. Assim nasceu a Paparikos Vegan Care”.

Para a professora Simone Pustiglione, que aproveitou a quinta-feira para passear com os filhos de 8 e 4 anos, as obras artesanais expostas no Valongo estão aprovadas. “Vim de Praia Grande e estou adorando. Também passei pelas outras feiras. Tem muita coisa diferente e programação para os pequenos. Tudo isso é diversão e um grande incentivo para a economia também”.

Confira os horários:

Sexta (22) - das 10h às 20h

Sábado (23) e domingo (24) - das 11h às 20h

FRONTARIA AZULEJADA

(Rua do Comércio, 92)

O visitante encontra artesanato de primeira qualidade com roupas diferenciadas, acessórios, bijuterias e gastronomia como comida de boteco, chopp, entre outros. Tudo trazido por 40 artesãos de diversas localidades.

A artesã Camila Zumba Vilela e o pai Nelson de Oliveira Vilela trouxeram bolsas e acessórios feitos em tecido para o evento. Ele produzia cintos, ela decidiu investir na área depois que pediu exoneração do cargo de professora, no Rio Grande do Sul, e voltou para São Paulo.

A pandemia deu uma freada no trabalho, mas agora ela voltou a percorrer eventos no Estado e gosta, em especial, de vir para Santos. “Compensa porque vêm muitos turistas e as pessoas daqui também gostam de produtos artesanais”, diz Camila.

A vicentina Natali Mendes também aposta nos itens artesanais. Ela faz geleia natural. São mais de 40 tipos. A produção começou em 2018, ganhou fôlego na pandemia com as vendas em redes sociais e agora nem pensa em parar. Tem sabores exóticos como tomate com manjericão e cebola roxa com cabernet sauvignon.

"Meu filho nasceu e queria ficar perto dele. Tinha um pé de amora no quintal de casa que foi plantado pelo meu marido. Fiz a primeira geleia assim e as pessoas foram conhecendo e gostando”.

A aposentada Cleide Gama provou a de maracujá com manga. “Uma delícia. A feira também está ótima. Moro em Santos e venho sempre ao Centro quando tem evento. Com certeza voltarei no final de semana”.

Confira os horários:

Sexta (22) - das 10h às 22h

Sábado (23) e domingo (24) - das 11h às 23h

GALPÃO HERVAL

(Rua Marquês de Herval, 33)

Mais de 40 artesãos também estão esperando pelos visitantes no local. Os estandes têm de docinhos, petiscos, café a bijuterias, miniaturas de diversos tipos, obras diferenciadas e muita história.

A artesã Janete Ribeiro trouxe chaveiros, personagens infantis, itens de decoração para festa, lembrancinhas e bonecas de criação própria. “São 10 anos de muito trabalho. Eventos assim nos ajudam a divulgar as peças. As vendas ocorrem na feira e na pós-feira também”.

Mais uma andada pelo local e você se depara com quadros estilosos feitos em mosaicos. Brinquedos pedagógicos feitos com feltro, como livros sensoriais. E, claro, produtos feitos com material reutilizável que viram pequenas obras de arte nas mãos de Sandra Anjos.

Tem borra de café que se transforma em porta-copos. Lápis que incentiva o cultivo de plantas. É artesanato raiz. E, claro, tudo é entregue para a clientela em sacolas de papel reciclado. “Pensamos em sustentabilidade. Olho algo e já tenho alguma ideia para transformar algo que iria para o lixo em objeto. Tem que cuidar do meio ambiente”.

Acha que acabou? Nem pensar. Que tal crochê feito com fios de cobre ou de prata? Todas as joias foram feitas dessa forma pela artesã Giselle Pietrocola. “Trabalho há 15 anos. Fiz curso em joalheria e aprendi o crochê feito em metal. É uma técnica peruana. Hoje também dou cursos”.

Confira os horários:

Sexta (22) - das 10h às 22h

Sábado (23) e domingo (24) - das 11h às 23h