Limpeza de rede sob trecho de ciclovia em Santos deve retirar sete toneladas de resíduos
Nem todas as pessoas que utilizam bicicletas na orla da praia percebem, mas, bem embaixo da ciclovia, há uma série de tubulações ocultas em funcionamento ininterrupto. Trata-se de parte do sistema de drenagem do Município, que acompanha toda a extensão dessa via e suas adjacências, coletando água da chuva e a drenando para galerias pluviais.
Como tudo que funciona sem parar, esses dutos acumulam ‘sujeira’ — ou, no caso, resíduos. E não é pouca coisa. A equipe do Departamento Operacional (Deap) da Prodesan que atua no serviço, nesta semana, está concentrada no perímetro entre os canais 1 e 2. A expectativa é de retirar, até sexta-feira (1º), em torno de sete toneladas de detritos.
TRÊS FASES
O trabalho é realizado de manhã, em três etapas, sempre por trechos pré-determinados. A primeira é a manual, quando o auxiliar operacional faz toda a retirada dos resíduos visíveis ao abrir o poço de visita — câmara que dá acesso a vistorias de técnicos às redes subterrâneas, normalmente ocultas sob tampas de metal instaladas no nível do solo.
No segundo momento, as equipes recorrem ao hidrojateamento — processo no qual jatos d’água disparados em alta pressão desobstruem os encanamentos. “É quando retiramos os excessos que estão alojados dentro da manilha (tubo de conexão de concreto)”, explica a chefe do grupo que está atuando nessa demanda, Cristiane de Santana Silva.
Por fim, é feito o chamado ‘repasse’, quando se faz a limpeza conclusiva do que ainda possa ter sobrado nas galerias. “Depois dessa fase, já podemos passar para outro trecho”, diz a responsável pelo serviço. “Em geral, encontramos muita lama, raízes de árvores e objetos de plástico”.
LOGÍSTICA
Apesar de aparentemente simples, a operação implica uma logística especial. Pelo fato de o trabalho ser operado em uma área em utilização, uma série de cuidados é estabelecida. A ciclovia não tem o tráfego interrompido: apenas funciona com parte da pista interditada — os poços de visita que estão sendo desobstruídos ficam separados dos ciclistas por cones.
Como essa rede inclui, ainda, bocas de lobo nas proximidades e o hidrojateamento é feito por um caminhão, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) fecha algumas vagas de estacionamento na orla para que o serviço possa ser concluído. Por isso a operação é feita em trechos: a fim de não impactar no fluxo do trânsito de veículos nesses locais por longos períodos.
Somente em agosto, a Prodesan realizou a limpeza em mais de 26 quilômetros de galerias, 14 quilômetros de ramais, 2.007 bocas de lobo, 1.105 poços de visita, além de 309 caixas de decantação.
Esta iniciativa contempla o item 6 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Água Potável e Saneamento. Conheça os outros artigos dos ODS.