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Leishmaniose: não há epidemia da doença na Cidade. Assista ao vídeo

Publicado: 22 de janeiro de 2019
17h 26

Em Santos não há surto de leishmaniose visceral, doença infecciosa não contagiosa transmitida por um inseto conhecido popularmente como mosquito-palha e identificada em cães da Cidade a partir de 2015. É o que tranquiliza a Secretaria de Saúde (SMS), que mantém sob controle os 29 casos registrados em cães no ano passado. Não há registro de munícipes infectados nos últimos anos.

“Não há epidemia. A Cidade só é considerada endêmica da doença quando o vetor (transmissor) é localizado. Em parceria com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), fazemos buscas dos vetores nas matas. Até o momento, eles não foram encontrados, sendo Santos considerado município em estudo, o qual passa por pesquisa entomológica”, explica a chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras.

De acordo com a SMS, sempre que há um caso positivo, a Seção de Vigilância e Controle de Zoonoses (Sevicoz) realiza investigação sorológica para verificar se há transmissão para outros animais. Desde 2015, já foram 1.001 coletas de amostras de sangue de animais, com 952 negativos e 49 positivos (com 27 mortes).

Os cães são considerados reservatórios da doença e fonte de infecção para o vetor (inseto). Ou seja, a doença não passa de cão para cão, nem de cão para pessoa, somente pela picada do mosquito transmissor infectado.

 

AÇÕES

Diversas ações são realizadas pela SMS para coibir a transmissão da doença. Entre elas, a criação de uma Comissão de Investigação, Prevenção e Controle da Leishmaniose, que reúne representantes de diversos setores da Administração, autoridades de saúde pública e ligadas à preservação da vida animal. Também é feita capacitação periódica dos agentes de controle de endemias e demais profissionais de saúde da rede municipal, incluindo a equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC), que orienta a população em escolas, espaços públicos e associações.

 

SINTOMAS

Doença considerada crônica, seus sintomas demoram de dois a três anos para aparecer no animal e incluem pele e mucosas com feridas; queda de pelos da orelha e em volta do nariz; emagrecimento e crescimento exagerado da unha. Com seu avanço, os órgãos internos como fígado, baço e pulmão, são afetados.

“Não há cura, mas quanto mais cedo se detecta, mais fácil é o tratamento e o controle da doença. O animal tem que ser monitorado pelo resto da vida”, diz o veterinário Laerte Carvalho, responsável técnico do setor de zoonoses, alertando sobre a importância de notificar os casos à Prefeitura. “Pedimos às pessoas que não levem o animal para um lugar desconhecido, pois isso pode acarretar a disseminação da doença para outros lugares. O correto é notificar o poder público”.

 

A QUEM RECORRER

Munícipes cujos cães apresentem os sintomas devem procurar o atendimento veterinário. Na rede pública, a opção é a Codevida (Av. Francisco Manoel s/n°, Jabaquara) de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h – telefones 3203-5593 ou 3203-5075.

O serviço realiza o atendimento e notifica a suspeita para a Sevicoz, que encaminhará as amostras de sangue para o Instituto Adolfo Lutz, do governo estadual, para confirmar ou descartar a doença. Já no caso da suspeita da doença por veterinários particulares, os profissionais devem notificar diretamente a Sevicoz pelos telefones 3257-8032 / 3257-8044.

Quando o diagnóstico é confirmado, o setor distribui a coleira repelente aos proprietários e orienta sobre a necessidade do uso permanente no animal, além da sua manutenção em local telado.

 

Foto: Rogério Bomfim