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Leci Brandão é homenageada com medalha Quintino de Lacerda

Publicado: 10 de agosto de 2012
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A cantora, compositora e deputada estadual Leci Brandão foi homenageada na última sexta-feira (10) com a medalha "Major Quintino de Lacerda", no salão nobre da prefeitura. A condecoração, promovida pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Santos, com apoio da prefeitura, teve a presença do prefeito João Paulo Tavares Papa.

Com 37 anos de carreira, a sambista destacou sua admiração por Santos no que se refere ao respeito à diversidade e mencionou eventos que legitimam a história do povo negro na cidade, como a procissão de Iemanjá e o Carnaval na zona noroeste.

"Santos me concede uma medalha que leva o nome de um homem que foi escravo e herói abolicionista. Sou carioca, de Madureira, mas sempre tive atuação aqui. O significado dessa medalha é enriquecedor para o minha história de vida", disse ela, lembrando sua origem humilde e responsabilidade como segunda mulher negra eleita para a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Papa afirmou que Leci é uma referência nas tradições culturais do país e na luta por políticas à comunidade negra. "Nada mais simbólico do que fazer essa homenagem neste salão, que leva o nome de Esmeraldo Tarquínio, figura de grande significado não só para a comunidade negra, como para todos os democratas de Santos". O presidente do conselho, Ubirajara Chagas, lembrou que Leci já foi concecorada com o título de Cidadã-Santista, por sua forte ligação com a cidade.

A medalha "Quintino de Lacerda" é conferida a pessoas físicas e jurídicas que contribuem para a igualdade racial. Ex-escravo, Quintino é reconhecido por liderar o Quilombo do Jabaquara, fundado em 1882 em Santos, que abrigava negros fugitivos. A cerimônia, organizada com apoio da Secretaria Municipal de Cidadania, teve ainda a presença de autoridades, lideranças e representantes da comunidade negra e de religiões de matrizes africanas.

Perfil
Leci foi a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da Mangueira. Em 1973, o crítico musical e jornalista Sérgio Cabral a descobriu e a convidou para gravar, e logo recebeu inúmeros prêmios de crítica. Foram 23 discos e várias compilações em 37 anos de carreira. Participou do elenco da novela Xica da Silva, na extinta TV Manchete, e atualmente é membro do conselhos nacionais de Promoção da Igualdade Racial e dos Direitos da Mulher.