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Jovens aprendem sobre o universo do audiovisual em iniciativa inclusiva no Parque Tecnológico de Santos

Publicado: 22 de abril de 2024 - 17h58

A primeira aula do curso inclusivo de audiovisual mobile, no Parque Tecnológico de Santos teve início nesta segunda-feira (22), com doze alunos curiosos para aprender sobre o universo que junta todas as formas de comunicação e combina som e imagem com o auxílio de um smartphone.

Promovido pela Causar Transformadora Social, em parceria com o Parque Tecnológico, o programa oferece capacitação na área de audiovisual mobile para doze jovens com deficiência atendidos por organizações locais, como a Escola de Educação Especial 30 de Julho e o Núcleo de Atendimento a Portadores de Necessidades Especiais (Napne).

A iniciativa, que tem apoio da Coordenação de Políticas para Pessoas Com Deficiência da Secretaria da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher) e da OAB Santos, é inédita como ferramenta de inclusão, acessibilidade e equidade, assim como também complementa as atividades de Terapia Ocupacional.

As aulas, que serão práticas e teóricas, estão divididas em oito módulos, sendo a primeira para apresentar a definição de audiovisual mobile e as seguintes para ensinar sobre pré-produção, produção e pós-produção de vídeos. Mas para isso, os integrantes contarão com mochilas onde terão um kit completo para a realização dos conteúdos, como elementos de áudio, iluminação, captação de som e edição.

Ao final do curso, em junho, a turma poderá mostrar tudo o que aprendeu ao fazer um vídeo completo mostrando alguns elementos do Centro Histórico de Santos. As produções ficarão expostas no Parque Tecnológico.

Neste primeiro encontro, a turma foi apresentada à contextualização do audiovisual mobile, com a definição e função de um videomaker, instruções de como fazer cenas e, para não faltar a parte prática, os alunos colocaram a mão na massa fazendo filmagens livres em ambientes de suas preferências. A animação não ficou de fora quando ouviram a pergunta “o que é o audiovisual?”, e cada um dos participantes conseguiu explicar a definição na sua perspectiva e o que já viveram da área de produção.

MAIS OPORTUNIDADES

“O mercado de trabalho para pessoas com deficiência já é dificultado e, no audiovisual, isso se acentua bastante. Após refletirmos, entendemos que seria uma oportunidade para o Parque Tecnológico acolher e promover a inclusão. Estamos focando no desenvolvimento econômico, mas também na capacitação e na qualificação profissional de pessoas com deficiência. Eu tenho certeza que é um marco para o Município, porque é um programa pioneiro, que vai dar autonomia a esse público e a possibilidade para empreender e seguir no ramo do audiovisual”, afirmou o diretor-adjunto de gestão e inovação da OAB, Gabriel Miceli.

Para o diretor de conteúdo, fundador da Causar e professor da oficina, Marcelo Cabral Machado, os trabalhos finais servirão como provas do potencial, muitas vezes ignorado, de cada aluno. “O problema social não é a deficiência, e sim o capacitismo, a falta de acessibilidade, de inclusão e oportunidade. Ao final do curso, ao exibirem as produções autorais dos participantes, as pessoas verão que todos aqui são capazes de ir além”.

EMPOLGAÇÃO

A turma já conhecia o Parque Tecnológico de uma visita realizada há quinze dias, quando os integrantes puderam tirar dúvidas sobre a estrutura e o projeto e interagir uns com os outros.

Acompanhando uma das turmas presentes na oficina, a pedagoga e educadora social Rosires Ambrus, 67, falou sobre a sensação de ver a iniciativa sendo realizada. “É muito especial porque a gente torce por cada um dos nossos alunos. Queremos que eles consigam ir além com seus potenciais e desejos. Para alguns, pode até parecer algo simples, mas não é um curso que vemos com muita facilidade. Estamos maravilhados e com a certeza de que será efetivo na vida deles”.

“Estou aqui porque quero criar o meu canal chamado Mundo Gamer. Lá eu vou desenhar, jogar os meus games favoritos, conversar com os meus amigos e me divertir. Quero ser um produtor de conteúdo”, afirmou Gabriel Amorim, 22, atualmente atendido pela Napne, mas que não perde a oportunidade quando o assunto é curso profissionalizante.

Atento e respondendo todas as perguntas que Marcelo fazia aos alunos, Matheus Bandeira, 20, está curioso sobre o curso e quer aprender tudo sobre o universo do audiovisual. “Eu não me interessava até o momento em que fui chamado para participar. Audiovisual, para mim, é animação, câmeras e séries. Ainda tenho muito a aprender e estou ansioso para as próximas aulas”.

 

Esta iniciativa contempla o item 10 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU: Redução das Desigualdades. Conheça os outros artigos dos ODS