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Jornada treina a rede pública para identificar e notificar sífilis congênita

Publicado: 23 de abril de 2002
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Durante dois dias, (ontem e na próxima sexta-feira, 26) médicos ginecologistas, pediatras, neonatologistas e outros profissionais de saúde, estão recebendo novas informações sobre Sífilis Congênita e Síndrome de Rubéola Congênita, doenças que atingem o feto e podem trazer graves prejuízos à criança, caso não sejam prevenidos. Foram convidados professores e especialistas para abordar os temas, durante Jornada aberta ontem. Para evitar a síndrome da rubéola congênita, que provoca malformações no feto e várias outras doenças, uma das ações mais importantes é a vacinação da futura mãe, iniciativa que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se empenhou de forma intensa, no final do ano passado, abrangendo mais de 52 mil jovens e mulheres, em idade fértil. Já para a prevenção da sífilis congênita, o tratamento pode ser feito durante a gestação, desde que haja um pré-natal bem acompanhado, tanto pela rede pública como pela rede particular. A detecção precoce da sífilis congênita ainda não é a ideal, fato que deve merecer mais atenção dos profissionais da saúde, conforme foi abordado na Jornada sobre Sífilis Congênita e Síndrome da Rubéola Congênita, promovido por iniciativa da Coordenadoria da Saúde da Criança e do Adolescente da SMS. A Jornada aberta ontem na Associação dos Médicos de Santos (MAS) com a participação de dezenas de profissionais da área médica também objetivou chamar a atenção para a importância da notificação dessas doenças, aos serviços de vigilância epidemiológica. Foi uma das conclusões da Seção de Vigilância Epidemiológica (Seviep) de Santos, que registrou, ao longo dos últimos anos, um número menor de casos em relação aos que efetivamente existem, com base em estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). A instituição estima em 3% o índice de nascimentos nos quais ocorreriam a sífilis congênita, o que daria para Santos uma média anual de 180 casos. No entanto, para a Seviep, nos últimos dez anos, o número de notificações foi mínima. Em 1992, houve registro de apenas três casos, em 93, quatro casos, em 94, quinze, em 95, cinco, em 96, sete, enquanto que de 98 até 2000, houve respectivamente quatro, oito, vinte e cinco casos, fechando o ano passado com sete notificações apenas. O mais importante desse trabalho é um diagnóstico precoce, o que ajuda a salvar vidas de muitos bebês. Na próxima sexta-feira (26), a mesma programação do curso será repetida, contando com palestras do neonatologista da Santa Casa, Antonio Carlos Martins, de Maria Aparecida Gadiani Ferrarini, professora da Disciplina de Infectologia Pediátrica da Unifest e da Diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória – CVE, do Estado, Telma Regina Marques Pinto Carvalhaes O trabalho do Instituto Adolfo Lutz (IAL) também será enfocado pelo Waldemar Ebner.