Instituto da Mulher e Gestante de Santos promove café da manhã para pacientes em tratamento do câncer de mama

Emoção, sensibilidade e empatia tomaram conta do café da manhã promovido, nesta terça-feira (17), pelo Instituto da Mulher e Gestante de Santos, localizado na Avenida Conselheiro Nébias, 453, Encruzilhada, para cerca de dez pacientes diagnosticadas e em tratamento do câncer de mama. O encontro foi para saber como essas mulheres, pacientes da unidade de saúde, estão enfrentando o tratamento e como o instituto pode ajudá-las neste processo.  

“Outubro é um mês de prevenção e conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, mas o trabalho realizado pelo Instituto da Mulher e Gestante é feito durante todo ano. Então este encontro, esta conversa, é extremamente importante. Entender a realidade de cada uma de vocês é necessário, para que nós enquanto gestão pública, possamos aperfeiçoar e aprimorar os nossos serviços para amenizar este momento tão difícil”, falou a vice-prefeita e secretária da pasta Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher), Renata Bravo. 

Na ocasião, o secretário de Saúde, Adriano Catapreta, disse que sensibilidade e empatia são palavras de ordem para quem trabalha diretamente com mulheres diagnosticadas com o câncer de mama. “Quando uma mulher recebe o diagnóstico da doença, não só ela adoece, mas adoecem os seus filhos, o esposo, os netos e os irmãos. Um dos  maiores cuidados que devemos ter é com nossas emoções, com o nosso psicológico. Então, o Instituto da Mulher e Gestante realiza esse trabalho trazendo atendimento e, principalmente, esclarecimento sobre tudo o que se refere ao tratamento e faz esse acompanhamento com todas vocês. É extremamente importante essa conversa para que possamos ajudá-las a passar por esse processo de forma digna e eficiente e para que possamos aprimorar o nosso atendimento”. 

A assistente social do Instituto, Lygia Santiago, explicou que o trabalho da unidade, além de fazer o encaminhamento das pacientes aos órgãos estaduais responsáveis pelo tratamento da doença, também é acompanhar e ajudar no que for preciso para que as mulheres passem por todo processo da melhor maneira possível. “Procurar esta paciente para saber como ela está durante o tratamento é tão importante quanto orientá-la sobre a prevenção. Faz parte do nosso trabalho estar junto para amenizar qualquer problema que ela possa ter durante todo processo de cura. Ajudamos tanto na parte psicológica quanto na logística de acesso ao melhor tratamento, procurando esclarecer dúvidas e mostrando que ela não está sozinha, que estamos aqui para ajudá-la e orientá-la no que for preciso”.

A empregada doméstica Rosivânia dos Santos, 35 anos, descobriu a doença há oito meses quando amamentava o seu bebê. “Estava amamentando quando me toquei e senti um nódulo. Procurei a policlínica do meu bairro, fui encaminhada ao instituto onde fui orientada a fazer ressonância e há quatro meses recebi o diagnóstico positivo da doença. Desse momento para cá, senti um turbilhão de emoções, tristeza, agonia, medo, esperança e fé. Hoje faço todo o tratamento e sou acompanhada pela equipe do instituto”, conta.

“Quero dizer para todas as mulheres que é muito importante realizar o autoexame e também procurar os seus médicos para realizar os exames de rotina, pois o diagnóstico precoce do câncer de mama pode salvar vidas”, relatou Rosivânia.

Para a agente administrativa Cíntia Lopes, 47 anos, que está no final do tratamento da quimioterapia, uma etapa já foi vencida. “Estou no final da químio e agora me preparando para começar a radioterapia. Cada etapa é uma vitória.  Este momento é extremamente importante, pois nos sentimos acolhidas e amparadas, sabendo que estamos no caminho certo e que não estamos sozinhas”, disse.

Instituto da Mulher e Gestante

A mulher é encaminhada ao Instituto pela policlínica no caso de suspeita diagnóstica para câncer de mama. A partir de consultas e exames complementares prescritos pelos mastologistas da unidade a suspeita é confirmada ou descartada.

O município de Santos oferece a o procedimento cirúrgico para o tratamento do câncer, cabendo ao Estado as demais terapias complementares, como quimioterapia  e radioterapia.

No instituto são feitos exames como colposcopia e ultrassonografia, além de trabalho de apoio às mulheres com câncer ginecológico e mama. Há parceria com hospitais para cirurgias ginecológicas e de reconstrução mamária. Uma equipe multiprofissional, formada por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, médicos, nutricionistas, técnicos e auxiliares de enfermagem, entre outros, atua no serviço. 

O Instituto da Mulher e Gestante também realiza o acompanhamento psicológico e social da paciente durante o período de tratamento e até mesmo pós, a depender do caso.

Neste ano o Instituto, em parceria com o Rotary Clube de Santos Boqueirão e a Universidade Federal de São Paulo, lançou o 'Manual de Orientação para Mulheres Submetidas ao Tratamento para Câncer de Mama’, que está disponível para download.

Outubro Rosa

O Outubro Rosa é um movimento que visa aumentar a conscientização sobre a importância da mamografia, do autoexame e de medidas preventivas para a detecção precoce do câncer de mama, uma vez que essa detecção pode ser decisiva para o sucesso do tratamento.

Esta iniciativa contempla o item 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Saúde de Qualidade.
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