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Instituto albert einstein e sms vão realizar estudo da dengue em santos

Publicado: 6 de fevereiro de 2003
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Um amplo estudo epidemiológico da dengue, que incluirá a variabilidade genética do vírus, relacionando-o à severidade da doença, deverá ser iniciado em Santos em março. O estudo terá a duração de dois meses (período do pico epidêmico) e ficará a cargo de uma das instituições mais conceituadas do País: o Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) dará apoio ao projeto, que pretende colher exames de sangue de pelo menos l.500 pacientes, o que só será viável se houver grande número de casos. Até o momento, foram registrados poucos casos de dengue no Município. No próximo dia 10, às 15 horas, os responsáveis pelo projeto, entre os quais o superintendente do Instituto, Nelson Hamerschlak, serão recebidos na SMS para tratar do desenvolvimento da pesquisa. O objetivo principal do projeto é estudar a variabilidade genética do vírus da dengue, determinando seu sorotipo e correlacionando-o aos achados clínicos, verificando, por exemplo, porque determinados vírus ou variantes são mais agressivos. Os resultados práticos do estudo permitirão a implantação de técnicas rápidas de diagnóstico que permitam não só a detecção do vírus como a identificação do sorotipo envolvido. A pesquisa contribuirá para as políticas públicas de vigilância epidemiológica. Os pesquisadores estariam aprofundando ainda observações já feitas por outros pesquisadores, entre elas a hipótese já difundida de que uma segunda infecção por um sorotipo diverso têm maior risco de apresentar um quadro grave. Uma segunda infecção é considerada mais grave, porque anticorpos produzidos contra o sorotipo da primeira infecção seriam incapazes de neutralizar o sorotipo diferente. Nesse caso, os anticorpos formariam um complexo com o vírus, facilitando sua introdução e replicação nas células, aumentando a permeabilidade vascular e provocando a perda de sangue, hemoconcentração e choque da dengue. O estudo irá atrás também de uma segunda hipótese: que fatores virais seriam responsáveis pela potencial virulência de determinadas cepas. Até o momento se conhecem quatro sorotipos do vírus (1, 2, 3 e 4) e 16 genotipos determinados por sequenciamento.