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Idosos atingidos pela aids passam de 2% para 10% no país

Publicado: 26 de maio de 2003
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Entre as décadas de 80 e 90, a faixa etária com mais de 60 anos, foi mais fortemente atingida pela Aids, passando de um percentual de 2% dos casos para 10% dos contaminados, em relação ao restante da população do País. Esse dado, enfatizado na palestra realizada ontem (26), pelo geriatra Alberto de Macedo, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, revela a importância do curso que está sendo realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para o pessoal da rede e interessados no tema. O curso está sendo realizado na sede da Coordenadoria de Aids, na Avenida Pinheiro Machado, 580 até o próximo dia 30. A abertura do evento contou com a presenças de representantes da SMS, que enfatizaram os diversos passos dados para contemplar melhor a saúde do idoso, numa Cidade que tem o maior percentual do País de pessoas com mais de 60 anos. Ontem além de abordar a Aids, que se torna mais agressiva na terceira idade, o geriatra Alberto de Macedo enfatizou a importância de os pacientes e classe médica estarem atentos a sintomas da doença que são diferentes quando manifestados em pessoas mais velhas, ou seja, muitas pessoas podem estar sendo tratadas como se fossem portadoras de doenças crônicas quando na verdade contraíram a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Na primeira parte da palestra, ele fez uma abordagem detalhada da Epidemiologia do Envelhecimento e como esse estudo é feito. Ressaltou ainda a importância de bons hábitos de vida e a evolução lenta de várias doenças, entre as quais a hipertensão arterial. Em Santos, no ano de 2001 dos 170 novos casos registrados pelo Craids, 2l foram de pessoas entre 50 a 59 anos e 10 com pessoas com mais de 60 anos. INTERESSE Pela primeira vez, a Coordenadoria de DST/Aids Hepatite está fazendo um treinamento para multiplicadores de informações sobre DST/Aids Hepatite para Terceira Idade, atraindo desde funcionários das policlínicas e outras unidades de Saúde, (auxiliares de enfermagem, enfermeiras, chefes de seção) e também pessoas da comunidade, como Olívia Martins, de 72 anos, que integra o Conselho Municipal de Idoso, e considerou importantes os ensinamentos ali transmitidos. ¨Estou achando ótimo¨. Ela já teve um familiar atingido pela Aids e acha fundamental campanhas esclarecedoras para todas as faixas etárias, e não apenas para jovens. Outro juiz federal do trabalho aposentado, Mário Francheschi Jr, de 58 anos também se inscreveu no curso de multiplicador. Mesmo lendo muito sobre o assunto ele acha importante obter Informações precisas sobre a transmissão da Aids e outras questões relacionadas à terceira idade e poder estar transmitindo para os demais. O curso vai se estender até 30 de maio, com palestras diárias, enfocando temas desde as noções básicas sobre DST/Aids, Hepatites Virais, aconselhamento e ética,sexualidade do homem e da mulher na Terceira Idade, Mitos e a sexualidade na terceira idade e a apresentação de proposta de trabalho, a partir das conclusões do curso.