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I jornada de hepatites virais acontece dia 1º de outubro

Publicado: 25 de setembro de 2001
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Com objetivo de proporcionar atualização dos conhecimentos específicos sobre Hepatites Virais, que representam um dos desafios na Saúde Pública deste século, com crescimento impressionante de casos em todo o mundo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estará realizando, no próximo dia primeiro de outubro, às 20 horas, no auditório da Unimes, a I Jornada de Hepatites Virais. Foram convidados dois especialistas de renome, o médico infectologista Roberto Focacci, do Hospital Emílio Ribas, e a anatopatologista da Santa Casa de Santos, Larissa Cardoso, responsável pelas biópsias de fígado. Eles vão expor novos conhecimentos relacionados às hepatites virais, crônicas e agudas. A mesa de autoridades terá participação de representantes da SMS, do Diretor Técnico da Dir XIX, Ricardo Di Renzo, da coordenadora do Programa Estadual de Hepatites Virais, Gerusa Figueiredo, e de membros da reitoria da Unimes, que colabora no evento. A doença é de notificação compulsória desde 1992 em Santos e, a partir do ano passado, passou a integrar, ao lado da Aids, o programa DST-Aids-Hepatites. A jornada será destinada a equipe multidisciplinar que cuida de hepatites virais, como médicos, enfermeiras, auxiliares, dentistas, especialistas e professores da rede pública e a interessados. CAPACITAÇÃO Após a jornada, a SMS promoverá, entre os dias 2 e 5 de outubro, um curso de capacitação para profissionais que atuam nas diferentes seções e programas da Coordenadoria de Aids-Hepatites, entre os quais Seção de Controle e Prevenção à Aids (Seaids), Centro de Orientação em Assuntos de Aids (Coas), Casa de Apoio e Solidariedade ao Paciente de Aids (Secasa) e Centro em Referência em Aids (Craids), além da Vigilância Epidemiológica (Seviep). Futuramente, outros cursos serão realizados, atingindo o restante da rede, explica a enfermeira Márcia Frigério Guerra de Andrade, que atua na Coordenadoria DST-Aids-Hepatites. A Jornada e o curso de treinamento possibilitarão atualização de conhecimentos sobre as hepatites e melhores condições para diagnóstico e acompanhamento dos casos. A partir desses debates novas ações de prevenção e orientação à população estarão sendo implantadas VACINAÇÃO Muita gente não sabe, mas a Secretaria Municipal de Saúde já distribui vacinas contra a Hepatite B, dentro de alguns critérios. Menores de 5 anos, portadores do vírus C da hepatite, pacientes portadores de doenças no fígado (hepatopatias), profissionais de Saúde, homossexuais e profissionais do sexo são beneficiados com essa vacina. Jovens na faixa etária de iniciação no sexo, até 18 anos também estão sendo imunizados. A vacina é cara, em torno de R$ 50,00, mas a tendência é que, aos poucos, sejam ampliados os grupos beneficiados. A vacina para a hepatite A também é distribuída pela rede, mas com critério de agendamento. As formas de contágio das hepatites B e C são semelhantes à da Aids. Ocorrem por meio das relações sexuais, transfusão de sangue, sem contar que o vírus é altamente resistente. Enquanto o vírus da Aids morre rapidamente ao contato ao meio ambiente, o vírus das hepatites B e C não são eliminados, o que torna extremamente perigoso. Tanto que uma agulha infectada, deixada por algum drogadito, poderá, dias depois estar contaminando pessoas que pisarem e se ferirem com esse material. Também é possível ocorrer transmissão com beijos e uso de instrumentos, como alicates de unha, tesouras e lâminas de barbear que estiverem contaminadas.