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Homenagem a Zumbi dos Palmares em Santos é marcada por reflexão sobre racismo

Publicado: 20 de novembro de 2019 - 14h38

A resistência contra o racismo e o cumprimento dos direitos humanos foram reflexões levadas à tradicional homenagem ao ícone da luta pela liberdade e igualdade racial Zumbi dos Palmares, nesta quarta-feira (20), na Praça Palmares, no Macuco.

A tradicional cerimônia, que nesta edição recordou os 334 anos da morte do herói afro-brasileiro, marcou o Dia da Consciência Negra, reunindo autoridades municipais, representantes de religiões de matrizes africanas e de outras entidades.

Teve capoeira com mestre Sombra, samba da Velha Guarda da X-9 e apresentações de maculelê, do Tienda Kumpania Romai, e de dança cigana, sob comando de Imar Lopes. E ainda dança dos Orixás, com pai Marcelo, mãe Denise e mãe Deleda, e música com a banda de afoxé Oba Lafim, comandada por mestre Felipe.

O evento contou com a Banda da Polícia Militar do 6º BPM-I, que apresentou os hinos Nacional, de Santos e à Negritude, e teve a habitual deposição de flores junto ao busto de Zumbi.

“Devemos reverenciar o grande ícone de nossa história, valorizar nossa etnia que se firma cada vez mais evidenciando as características que trazemos de nossos ancestrais e refletir em relação ao racismo cultural que continua existindo no País”, afirmou o presidente do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, Ivo Miguel Evangelista Santos.

Ele ainda ressaltou os avanços promovidos no Município. “Nossa cidade criou um comitê de atenção à saúde da população negra, tem um fórum de acompanhamento da legislação que trata da obrigatoriedade do estudo da cultura africana e afro-brasileira nas escolas, fora a mais recente aprovação da Lei 3.621, que cria o Programa de Empreendedorismo Negro em Santos”.

 

História

Para o secretário de Governo, Rogério Santos, a data representa união de forças. “É dia de celebrar Zumbi dos Palmares e também Quintino de Lacerda, Esmeraldo Tarquínio, Pelé e tantos outros. É dia de reflexão sobre o que queremos para nosso país e para nossa cidade”, disse ele, destacando a presença da munícipe Helena Costa, 94 anos, que todo ano prestigia o evento. “Seu pai morreu com 110 anos, foi escravo e trabalhou no porto. É preciso valorizar a história das pessoas que construíram Santos”.

 

Evento

À disposição do público no local, havia estandes de afroempreendedorismo e o projeto Leia Santos, da Secretaria de Cultura (Secult), além de barraca de acarajé, doces e artesanato. O evento fez parte da programação promovida pela Prefeitura, por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial e Étnica (Copire), e pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Santos. Também estavam os secretários de Desenvolvimento Social, Carlos Mota, e de Gestão, Carlos Teixeira Filho.

 

Dia ainda tem marcha e programação cultural

Da Praça Palmares, participantes seguiram para a 3ª Marcha Metropolitana da Consciência Negra da Baixada Santista até a Estação da Cidadania (Avenida Ana Costa, 340), onde ampla programação segue até as 21h desta quarta-feira. Entre as atividades estão: feira afro, palestra sobre empreendedorismo, manifestações literárias e artísticas, contação de histórias para crianças com literatura negra infantil, troca de livros, confecção das bonecas Abayomi e roda de samba.

As comemorações pelo Mês da Consciência Negra se estendem até 4 de dezembro com ações em vários pontos da Cidade, buscando dialogar com diferentes públicos. Confira a programação completa.