Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Historiador descobre contrato de 1906

Publicado: 19 de fevereiro de 2002
0h 00

O historiador Roberto Tavares, que trabalha no Arquivo Permanente (Rua do Comércio, 96), mantido pela Fundação Arquivo e Memória, descobriu um fragmento importante da história de Santos. Quando fazia uma limpeza no livro de contratos da Intendência Municipal de Santos – 1901 a 1906, ele encontrou o acordo firmado entre a Câmara Municipal e o escultor italiano Lourenço Massa, autor do monumento a Brás Cubas, inaugurado em 26 de janeiro de 1908 na Praça da República, Centro. O documento, datado de 10 de março de 1906, tem seis páginas e é assinado por testemunhas famosas freqüentadores da Cidade naquela época, como Galeão Carvalhal, Henrique Ablas, Marcílio Dias e o capitão João Salermo, entre outras. No achado, o mais interessante é a descrição minuciosa da obra-prima dedicada ao fundador do Município: Esse monumento será constituído por três partes componentes a saber: uma base formada de três degraus, um pedestal circundado por figuras alegóricas e trechos de ornamentação decorativa, e da estátua de Brás Cubas, tendo o mesmo monumento a altura de oito metros por quatro metros e 80 cm. Esculpida em mármore de Carrara La Vacchoni, a estátua deveria medir 2,50 metros, sendo circundada pelas imagens representativas do Gênio, Comércio e da Navegação, além dos respectivos emblemas da Indústria, Agricultura e do Município. Ainda de acordo com o contrato, o trabalho deveria ser executado em 18 meses, e Massa receberia 50 mil liras ouro, dinheiro pago em quatro parcelas, pelo serviço. No livro de Francisco Martins dos Santos, História de Santos –3º Volume, relata-se: Foi a primeira estátua erguida em Santos, em homenagem àquele que tanto fez para o desenvolvimento da vila, no século 16. Na base da estátua, foram colocados os despojos de Brás Cubas, retirados da Igreja Matriz.