´hang loose de surfe júnior e mirim´ terá etapa de abertura em santos

Funcionando como uma escola de competição na prática, o ´Circuito Hang Loose Júnior e Mirim de Surfe´ tem início, sábado e domingo (dias 31 e 1º de abril), no Quebra-Mar. A competição, que já revelou grandes talentos do surfe nacional, como Renan Rocha (hoje no WCT), Binho Nunes (um dos mais radicais surfistas do mundo) e Danilo Costa (líder do ´ranking´ mundial WQS), reúne surfistas dos oito aos 18 anos. Nas disputas, eles aprendem como competir e se portar dentro e fora d’ água. Também começam a fazer suas primeiras viagens sozinhos. Neste ano, uma das atrações será, novamente, a disputa entre os surfistas de Ubatuba e Guarujá, pela supremacia da nova geração. Em 1999, os guarujaenses dominaram totalmente o ´ranking´, com vitórias de Gilmar Silva na categoria júnior (até 18 anos), Roland Spitaletti entre os mirins (no máximo 16 anos) e Adriano Mineirinho na iniciantes (limite de 14) e grommets (até 12). Já na temporada passada, os ubatubenses chegaram com força total. Só não levaram na mirim, com o santista Andrew Serrano sendo o melhor. Mas comemoraram na júnior com Saulo Júnior, na iniciantes, com Hizunomê Bettero, grommets com Pierre Roman, e na novidade da temporada, a Petit (para os pequenos dos oito aos dez anos), com Mateus Toledo, um dos maiores fenômenos dos últimos anos e filho do bicampeão brasileiro profissional, Ricardinho Toledo. A disputa ganhou ainda mais incentivo e rivalidade com a criação do ´ranking´ por cidades, feito pela Federação Paulista de Surfe. Agora, após cada etapa, são somados os resultados dos melhores de cada município e no final do ano, será definida a cidade mais surfe do Circuito Paulista. A primeira experiência foi no ´Sthill Paulista de Surfe Open´, realizada sábado e domingo passados, na Praia do Tombo, em Guarujá. Os donos da casa levaram a melhor, até com certa folga, com mais de mil pontos de vantagem, e os ubatubenses ficaram em segundo lugar. Para o ´Hang Loose´, a disputa promete ser mais equilibrada. Em cada equipe estará um dos novos técnicos da seleção paulista. Em Guarujá, quem comanda a festa é o experiente Paulo Kid, ex-surfista profissional que vem fazendo um trabalho com novos talentos na praia do Tombo. Os ubatubenses têm a orientação de Alberto Jacob, que além de grande vivência como juiz internacional, foi um dos pioneiros nas escolinhas de surfe. Quem ganha com esta disputa é o surfe paulista e brasileiro. A molecada está cada vez mais afiada, treinando muito. Ganhar o ´Hang Loose´ é ótimo e agora tem o ´ranking´ por cidades, uma motivação a mais. O importante é que a rivalidade é sadia, os meninos são todos amigos, viajam juntos, destaca Jacob, , um grande batalhador, que não mede esforços para criar estrutura para seus atletas, fazendo até bingos para arrecadar fundos para a construção da sede própria da escolinha. DESTAQUES Para este Circuito, vários surfistas aparecem como destaque, principalmente na categoria júnior. Os principais nomes são dos ubatubenses Saulo Júnior, que tenta o bicampeonato; Edgley Santos, que depois de chegar muito perto do título estadual mirim por dois anos, chega com a moral de ser o campeão brasileiro mirim; Bruno Moreira, de Praia Grande, que vem de uma excelente vitória no ´Sthill Paulista Open´; os santistas Andrew Serrano, campeão paulista mirim, e Rodrigo Tavares, o Sininho; os guarujaenses Heitor Pereira e os gêmeos Camilo e Sandino Hornke. A única ausência será do campeão de 99 e vice de 2000, Gilmar Silva, também de Guarujá. Como já competiu como profissional no WQS, em Fernando de Noronha, e ganhou premiação em dinheiro, ele foi impedido pela Associação Brasileira dos Surfistas Profissionais (Abrasp) de participar de competições amadoras. Eu pensei que poderia continuar competindo este ano. Mas agora é pensar na minha carreira e tentar a minha vaga para o Super Surf de 2002, diz Gilmar Silva. GUARUJÁ NA FRENTE NO ´RANKING´ POR CIDADES Após a etapa de abertura do ´Circuito Sthill Paulista de Surfe Open´, os guarujaenses estão na frente no recém-criado ´ranking´ por cidades. Uma das cidades de mais tradição no surfe nacional, Guarujá está com mais de mil pontos de vantagem sobre Ubatuba, maior rival em São Paulo e outro município com muita história no surfe nacional. Apesar de não colocar atletas na final da open, os guarujaenses tiveram excelente desempenho nas categorias master, feminino e ´longboard´, garantindo 3.986 pontos. Os ubatubenses ficaram em segundo lugar, com 2.743 pontos. Os surfistas de Santos terminaram na terceira colocação, com 2.713, seguidos de São Vicente, com 2.679, e Itanhaém, com 2.293. Esta disputa paralela valerá nas cinco etapas, tanto do ´Sthill Paulista´ quanto do ´Hang Loose Júnior e Mirim´.