Guarda Municipal celebra 32 anos

Os 32 anos da Guarda Municipal foram comemorados nesta terça-feira (15) com solenidade na Câmara Municipal, onde foi destacada a ampliação da atuação do grupo. Criada em 15 de agosto de 1985 para proteger prédios públicos, a corporação tem, cada vez mais, assumido o papel de auxiliar na segurança dos munícipes.

O subcomandante da guarda, Marcelo Messias de Oliveira, 51, agradeceu o reconhecimento e disse que o empenho continua. “Hoje ajudamos na fiscalização e na prisão em flagrante com apoio das câmeras de monitoramento”, lembrou ele durante a homenagem de iniciativa do vereador Bruno Orlandi. Outro exemplo da ampliação da atuação do grupo é o projeto Cidade Segura, criado em junho último, que reserva parte do efetivo para atuar no Centro e estreitar as relações com a comunidade (veja abaixo).

EFETIVO: 448 pessoas; 23 veículos; 10 motos; 4 bicicletas; 1 barco

COORDENADORIAS: Centro, Praia, Zona Noroeste, Morros e Caruara

Projeto Cidade Segura:

30 pessoas; 4 motos; 2 viaturas; 2 bicicletas - Atua na região central para a segurança de comerciantes e trabalhadores

Ronda Ostensiva Municipal (Romu): -  40 pessoas; 6 veículos -  Equipe especializada que atua em apoio às coordenadorias em ações de força-tarefa 

Grupo tem histórico de dedicação

Em 32 anos de história, a Guarda Municipal coleciona histórias que se destacam pelo profissionalismo, dedicação e compromisso com a função. Um dos exemplos é Raimundo dos Santos Ferreira, que viveu mais tempo dentro da Guarda Municipal do que fora da corporação. Dos seus 52 anos, 32 foram usando a farda azul marinho, e talvez isso explique a dificuldade em esconder a emoção ao falar da tropa. “Aqui (GM) é minha vida, é de onde tiro o sustento da família”, diz no corredor da Câmara antes de testemunhar a homenagem coletiva.

Nem a vida militar antes de entrar na GM endureceu o homem que reconhece ter mudado com o tempo. “Como o guarda está sempre na rua, vi muita coisa, tive a oportunidade de ajudar muita gente.  A melhor coisa que fiz foi ter entrado na Guarda Municipal”. Raimundo disse sentir o apoio popular à tropa e interpreta esse carinho como uma resposta da sociedade ao compromisso da corporação.

SUPERAÇÃO

Quando deixou Sergipe, em 2012, e veio para a Baixada Santista, Leílton Franquelino dos Santos queria melhorar de vida. Ao olhar para trás, ele mesmo custa a acreditar em quanta coisa positiva aconteceu em tão pouco tempo.

O começo foi difícil. Ganhava pouco, morava em palafita em um município vizinho e perdeu tudo em um incêndio. Só que passou em concurso público da Guarda Municipal, foi contemplado no Conjunto Habitacional Caneleira 4 e se mudou para Santos. Em 2016, salvou uma jovem de afogamento no José Menino, recebeu homenagem do prefeito Paulo Alexandre Barbosa e hoje cursa a Faculdade de Serviço Social. “É inacreditável tudo que aconteceu, estou muito feliz”.

Trabalho é aprovado por comerciantes

O projeto Cidade Segura já tem rendido elogio da comunidade do Centro. O comerciante Alexandre Prado, 39 anos, dos quais 23 dedicados ao comércio, disse que a vigilância melhorou desde junho de 2017 com o Cidade Segura. “Todo mundo pode vir ao Centro fazer compras porque é seguro, tem sempre guarda municipal passando”, afirma Alexandre, proprietário de uma lanchonete.

Hélio Teixeira Inácio, 67, três anos no comércio, disse que a sensação é de segurança. “Você sempre vê guarda municipal andando e ainda tem as câmeras de monitoramento”. Rosineide dos Santos Barbosa, 60, trabalha no Valongo há sete anos e também se sente protegida. “Os guardas municipais passam e nos cumprimentam. Sei o nome de vários”.

Foto: Isabela Carrari