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Gratidão rege Natal de família santista após matriarca superar a covid-19

Publicado: 25 de dezembro de 2021 - 11h04

Mais um Natal se passa em meio à pandemia. Data que, em 2020, guardava incertezas e que, neste ano, traz a esperança de uma era sem coronavírus. Com a vacinação, a retomada econômica e a vida voltando ao normal após uma época tão turbulenta, a ceia de algumas famílias será também um exercício de gratidão pela vida. Este é o caso da família Santos, que viu a matriarca de 77 anos contrariar as estatísticas e superar a doença que levou mais de 600 mil vidas brasileiras.

“Não tem outra palavra, é ‘gratidão’”, define a auxiliar administrativa Bárbara Regina Rocha dos Santos Oliveira Carneiro, de 37 anos. Ela é filha da dona Josefa Celestino dos Santos, que passou 136 dias internada após sofrer um AVC isquêmico em maio do ano passado, no auge da pandemia, e contrair o vírus no hospital.

O desespero se instalou na família ao ver a mãe, já idosa e ex-fumante, ser entubada por uma doença que ataca o sistema respiratório. As chances de Josefa se recuperar de uma doença que atinge tão gravemente pessoas idosas era mínima. "Mas com a nossa fé, a gente se uniu muito em oração pedindo para que ela ficasse bem e que Deus fizesse o melhor para ela”, disse Bárbara. E assim, no dia 6 de outubro de 2020, Josefa teve alta. "Foi uma festa".

Após as complicações do hospital, a vida da família ainda viraria de cabeça para baixo e exigiria adaptações. Como perdeu a capacidade de falar e teve os movimentos drasticamente reduzidos em razão do AVC, Josefa agora precisaria de cuidados constantes para realizar atividades do dia a dia como comer e tomar banho, por exemplo. A filha Aparecida Rocha dos Santos, 48 anos, com quem morava em São Vicente, não poderia mais cuidar integralmente dela, pois havia conseguido um emprego. Por isso, em fevereiro, Josefa foi morar com Bárbara em Santos.

Nesta mudança, o pequeno Gabriel, 9, acabou perdendo o quarto, enfeitado com o tema de heróis, para acomodar a vovó. A rotina da família também mudou: após Aparecida ser demitida, ela e Bárbara passaram a revezar os cuidados com a mãe. Quando Bárbara sai de manhã para trabalhar, a irmã já está a postos para cuidar de Josefa até ela chegar, já à noite. Até o genro, José Cícero Oliveira Carneiro, passou a ser peça-chave nos cuidados com a sogra. "Eu não tenho ela como sogra, tenho como mãe. Eu sei que se fosse o contrário ela também faria o mesmo", conta.

Para a família, só o fato de Josefa ter voltado para casa após mais de quatro meses de luta já é uma vitória inestimável. "Ela é tudo na nossa vida. Não importa que ela não fale, que ela não ande. O amor e o carinho que a gente tem com ela é muito grande", se emociona Aparecida. "Emagreci muito nessa luta, fiquei muito mal, mas agora eu vejo a recompensa de ter ela aqui, de ela estar bem. Tudo bem, tem as suas limitações, só que graças a Deus ela está aqui perto da gente e isso é muito gratificante", finaliza Bárbara.

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Fotos: Isabela Carrari / PMS
Fotos: Isabela Carrari / PMS
Fotos: Isabela Carrari / PMS
Fotos: Isabela Carrari / PMS