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Gonzaga e encruzilhada lideram ranking de positividade nas ovitrampas da dengue

Publicado: 22 de novembro de 2001
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Demonstrando, mais uma vez, que os moradores de bairros de classe média e classe média alta, são aqueles que menos se preocupam em cuidar dos criadouros domésticos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a pesquisa da SMS de ovitrampas, que vem sendo realizada desde início de outubro, em Santos, aponta os bairros do Gonzaga e da Encruzilhada, com o maior índice de positividade nas armadilhas de ovos do mosquito. Em relação ao restante da Cidade, as armadilhas desses bairros têm também a maior densidade na deposição. Ou seja, no período de 8 de outubro a 19 deste mês, 55,77% das ovitrampas instaladas nessas regiões apresentaram grande quantidade (3.374) de ovos em mais da metade das armadilhas. O índice de densidade de ovos – IDO - é resultado que mais interessa para os técnicos, já que com base nesse indicativo, são realizadas ações preventivas no quarteirão onde está instalada a ovitrampa com positividade. Semanalmente, a SMS, pretende estar divulgando os bairros (e ruas) com maior positividade, até como alerta aos moradores, para cuidarem de possíveis criadouros domésticos, como ralos, pratos de vasos, piscinas, calhas entre outros locais que acumulam água. Os bairros com índices maiores de densidade de ovos são até agora Gonzaga/Encruzilhada 45,61% ;Vila Nova/Vila Mathias 41,06%; Boqueirão, 38,44%; Marapé 32,61%; Campo Grande/Vila Belmiro 28,29%; Ponta da Praia 27,80%; Macuco/Estuário 26,49%; Valongo/Centro 24,53%; Embaré 22,47%; Aparecida 2l,66%; Areia Branca; Bom Retiro 18,03%; Caneleira/ Vila São Jorge 14,88% e Gonzaga/José Menino 13,5l%. No final da lista aparecem Chico de Paulo e São Manoel com 4,54%, enquanto que nos demais bairros o índice é zero. As 400 ovitrampas estão espalhadas, de forma proporcional, em todos os bairros da Cidade. Com base na incidência de ovos observadas, as ações são diferentes. Às vezes basta a visita casa a casa nas imediações para descobrir possíveis criadouros e eliminá-los. Já quando a densidade de ovos é muita, o trabalho dos agentes da dengue abrange outros quarteirões, incluindo também o uso da pulverização costal com inseticidas. A armadilha (ovitrampa) consiste na colocação, em local sombreado,de um recipiente escuro, com um líquido (à base de caldo de feno) que atrai a fêmea do mosquito. Nesse copo é colocada uma palheta onde o Aedes aegypti deposita seus ovos, bem próximo ao líquido. Semanalmente, as palhetas são recolhidas pelos agentes do Programa de Combate à Dengue, do Município e enviadas para análise em laboratório da SMS, para a contagem dos ovos. A pesquisa vem sendo realizada de forma conjunta com a Faculdade de Saúde Pública da USP, com orientação do pesquisador Almério Castro. e representa um dos grandes diferenciais do trabalho que Santos realiza preventivamente. CONFIRA A POSITIVIDADE No período de pesquisa, de 8 de outubro a 19 deste mês, a positividade das armadilhas em relação aos bairros, apresentou os seguintes índices: Gonzaga/Encruzilhada 55,77%; Vila Nova/Vila Mathias, 49,62%; Ponta da Praia, 46%; Boqueirão 45,10%; Valongo/Centro, 39,30%; Macuco/Estuário/39,10%; Areia Branca e Bom Retiro, 36,66%,; Aparecida 35,91%; Marapé 33,44%; Embaré, 30,52%; Campo Grande e Vila Belmiro 30%; José Menino/Gonzaga 26,66%; Jardim Castelo/Rádio Clube, 25,37%, Chico de Paulo/São Manoel, 14,83% e Caneleira e Vila São Jorge, 13,75%. Dependendo do tamanho do bairro ou região, foram instaladas de 5 a 40 armadilhas em cada área. Já pela quantidade de ovos depositados pelos mosquitos transmissores da dengue são esses os bairros com maior número: Macuco/Estuário 6.833 ovos; Marapé 3.889; Vila/Nova/Vila Mathias 3824; Ponta da Praia 3725; Gonzaga/Encruzilhada 3.474; Boqueirão 3.413; Valongo/Centro 3011; Areia Branca/Bom Retiro, 2779; Aparecida 2.769; Campo Grande/Vila Belmiro 2.546; Embaré 2.537; Jardim Castelo/Rádio Clube 1.376; Caneleira/Vila S. Jorge l.190; Gonzaga/José Menino 1013 e Chico de Paulo/São Manoel 441.