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Golfinho morre após ser atingido por embarcação

Publicado: 8 de julho de 2004
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O golfinho encontrado morto no porto, na tarde dessa quarta-feira (7), é o mesmo que há algum tempo nadava próximo das praias de Santos, interagindo com banhistas e surfistas. A confirmação é da veterinária do Aquário Municipal, Andrea Maranho, uma das integrantes da equipe que fez a necropsia no animal, no Instituto de Pesca. As evidências estão nas características da nadadeira dorsal. As cicatrizes existentes são compatíveis com o animal que nadava por aqui, explica Andréa. Além disso, a carcaça já estava em decomposição há três dias, mesmo período em que o golfinho foi visto pela última vez. Como o estado de decomposição era avançado, só foi possível realizar um exame, a necropsia, que apontou o óbito por traumatismo craniano provocado pela colisão com uma embarcação grande, fato que está intrigando a equipe do Aquário. De acordo com a veterinária, é difícil um golfinho morrer dessa forma, pois o animal é muito inteligente. Ele nunca dorme totalmente, enxerga muito bem, e ainda possui um sistema de sonar, ou seja, o golfinho tem a capacidade de transformar o som emitido até os objetos em imagem tridimensional. Para tentar descobrir o que levou o golfinho a ser atingido pela embarcação, a equipe do Aquário e do Instituto de Pesca colheu material do animal e encaminhou para a Universidade de São Paulo para a realização do exame de DNA. Queremos saber se o golfinho apresentava alguma infecção viral. O golfinho solitário era do sexo feminino, com 3,18m de comprimento e foi encaminhado pelo Centro de Estudos sobre Encalhes de Mamíferos Marinhos, ao Instituto de Pesca, pois, devido ao tamanho, não pôde ser examinado no Aquário. O animal costumava nadar perto do Aquário e Emissário Submarino logo no início da manhã e no final de tarde para pescar seus alimentos. Há alguns meses, ele também foi visto na região de Ubatuba e no Canal de Bertioga. Relatos de golfinhos solitários existem no mundo todo, e em Santos, esse foi o segundo caso registrado em cinco anos. O mais provável é que estes animais se afastam do grupo por algum atrito.