Golfinho encontrado morto no emissário

Já em adiantado estado de decomposição, um golfinho da espécie Flipper (Tursops truncatus) com cerca de 2,65 m de cumprimento, foi encontrado morto, na manhã de ontem (22), junto às pedras do Emissário Submarino, no José Menino. Segundo o biólogo, André Fabiano Vicente, do Centro de Estudos sobre Encalhes de Mamíferos Marinho (Ceemam), o animal já deveria estar morto há cerca de uma semana, em face do estado de putrefação das vísceras. No entender de André, este tipo de golfinho é dócil, bastante acessível e muito comum nos mares. Sobre as possíveis causas que ocasionaram a morte do animal, ele elenca três delas: uma seria a de que o animal sozinho poderia ter sido atacado por predadores, no caso tubarões. Outra, seria a de que o mamífero poderia ter se ferido em redes de barcos pesqueiros. Uma terceira hipótese seria a de que, em razão da poluição ambiental, o golfinho teria se contaminado e adoecido, vindo a falecer junto às pedras do interceptor oceânico. Às vezes, navios jogam substâncias contaminantes no mar e acabam envenenando os peixes. Os golfinhos se alimentam de peixes e isso pode ocasionar outro fator de contaminação, frisou o biólogo, que mantém convênio com o Aquário Municipal e o Museu do Mar. Ele afirmou, porém, que a ´causa mortis´ dificilmente poderia ser descoberta, em face do lastimável estado de decomposição do golfinho. Segundo André Fabiano, desde 1997 até o momento, um total de 119 animais marinhos, entre baleias, golfinhos, pingüins, focas e lobos, já foi encontrado em nossa região litorânea. Muitos vêm dos mares do hemisfério sul, como a Antártica ou da Patagônia, arrastados pelas correntes marítimas e aparecem aqui bastante debilitados. Já salvamos muitos, mas outros, infelizmente não foi possível, conclui o biólogo.