Fundação Arquivo e Memória de Santos recebe coleção do cartunista Dino

Entre caricaturas e charges, a coleção do cartunista Dino chega à Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), enchendo o Acervo Iconográfico de cores e bom humor.

Os cerca de 250 desenhos do artista, há mais de 30 anos guardados, foram entregues pela autônoma Tatiana Correia Lopes Todino, filha do colecionador João Paulo Correia Lopes, falecido em 2002, que havia comprado a coleção na década de 1990. “Estou feliz que esteja com a Fundação agora”, disse ela.

Os desenhos de Dino abordavam a situação política e social do país. Elis Regina, Rita Lee, Vicente Matheus, Orestes Quércia, Ulisses Guimarães e figuras do cenário santista foram algumas das personalidades retratadas em suas obras. "O Dino era dotado de um dom especialíssimo e, com suas charges, interpretava o mundo diariamente de maneira leve e como um passatempo em sua vida", contou o presidente da Fams, Luiz Dias Guimarães, que conheceu o cartunista, ao receber a coleção.

Inicialmente, todo o material passará por processo de higienização, será restaurado e catalogado pela instituição.

UM POUCO DO DINO

Accindino Souza Andrade nasceu em Santos em 1920. Conhecido como Dino, era engenheiro agrônomo, mas com o gosto pelo desenho, atuou como chargista durante muitos anos, sendo 55 somente no jornal A Tribuna. Foi o primeiro fazer uma charge de Pelé, em 1957. Exibiu seus trabalhos em várias exposições. Recebeu prêmios no Brasil e no exterior. Morreu em 1996.