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Filme sobre a Aldeia Paranapuã tem pré-estreia nesta quarta em Santos

Publicado: 27 de março de 2023
16h 15

Cravada no meio do Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente, a Aldeia Indígena Paranapuã é considerada um marco da luta dos índios Guarani pelo direito à terra, garantida na Constituição de 1988. Essa história de resistência é a linha de condução do filme ‘Nhãndê kuery mã hi'ãn rivê hê'yn’ (do guarani, Índio não é fantasia). Com direção de Dino Menezes, a produção tem pré-estreia gratuita nesta quarta-feira (29), às 19h30, no Teatro Rosinha Mastrangelo (Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias). 

A exibição do documentário também marca a abertura da exposição assinada pela fotógrafa Kelly Jandaia, que participou da produção do filme. Após a sessão, será realizado um debate com o diretor; equipe técnica, além do cacique Ronildo.

Nhãndê kuery mã hi'ãn rivê hê'yn

Com narração feita pelo cacique Wêrá Mirim (Ronildo Amandios), ‘Nhãndê kuery mã hi'ãn rivê hê'yn’ aborda desde as origens da aldeia, passando pela cultura e o cotidiano da comunidade. O lugar vive o desafio da preservação das tradições da etnia e da natureza que os circundam, num pedaço preservado da mata atlântica. 

“O conceito inicial do filme era diferente. Queria ampliar a discussão sobre o tema, mostrar a aldeia para o público com um olhar de antropólogos, sociólogos e estudiosos. Mas, durante a gravação, percebi que o que mais importava ali eram os próprios indígenas falando de todo o seu processo. Eles são os protagonistas da história e, acima de tudo, também precisavam se ouvir”, explica o cineasta Dino Menezes. 

Para reforçar a importância da cultura e tradição do povo originário, a produção é toda falada em guarani com legendas em português, com exceção da participação da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, que teve suas falas legendadas em tupi.

Ficha técnica

O filme foi contemplado com o apoio do 9° Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes no Município de Santos, com aporte do Fundo de Assistência à Cultura (Facult). 

Entre o argumento inicial, de Ronildo Amandios, e a lapidação da direção de Menezes, o roteiro do filme contou com a parceria de Nildo Ferreira. A pesquisa foi elaborada por Rafael Moreira e Simone de Marco. 

A trilha sonora é dos próprios indígenas, com captação e finalização de Brayan Gori. A produção é de Vanessa Rodrigues Aguiar, que também cuida da direção de arte. Estela Magalhães é a responsável pela direção de produção. A direção de fotografia é de Fabiano Keller e Michel Custódio. A produção executiva foi realizada por Leandro Taveira.