Festa da tradição nordestina atraiu cerca de 30 mil pessoas

Apesar das chuvas, cerca de 30 mil pessoas visitaram, no último final de semana, a 1ª Festa da Tradição Nordestina de Santos, no Jardim Botânico Chico Mendes, promovida pela Prefeitura, por intermédio do Departamento de Assuntos Comunitários da Zona Noroeste (Deac/ZNo), ligado à Secretaria de Governo (SGO). Os dias mais movimentados foram sexta-feira (início do evento) e domingo. Comidas, como acarajé, mocotó, baião de dois e cuscuz, despertaram a atenção dos visitantes, na maioria, moradores da Zona Noroeste - região marcada pela ocupação de imigrantes nordestinos. Márcio Albuquerque, que comanda uma das 20 barracas montadas para festa, vendeu cerca de 50 acarajés, em três dias. É a comida mais procurada, afirma. Apresentações de lambaeróbica, capoeira, quadrilha e shows de forró também animaram o evento. A Quadrilha Fazenda de São Pedro foi uma das grandes atrações de domingo. Nesta semana (última do evento), a festa acontece de quarta à domingo, com apresentações de quadrilhas e diversos shows, entre eles de Martinho Ramalho. A entrada para a 1ª Festa da Tradição Nordestina, que está sendo realizada em parceira com o Centro de Tradições Nordestinas de São Paulo, é gratuita Nos dias se semana, o evento começa às 18 horas e no sábado e domingo, às 12 horas. A festa conta ainda com o apoio da Rádio Atual AM-FM, de São Paulo e patrocínio Schincariol. MUSEU NORDESTINO O Museu Itinerante Nordestino, com a estátua em tamanho real de Frei Damião, foi outro grande atrativo da festa. Além de impressionar, a imagem com traços fiéis do corpo do missionário nordestino - falecido em maio de 1997, aos 98 anos - despertou olhares curiosos de crianças e adultos, como os de dona Eva Maria. S. Cardoso, que nasceu em Sergipe e mora, há 20 anos em Santos, na Areia Branca: Parece de verdade. Eu não tive coragem de olhar para o seu rosto, afirma. A estátua de Frei Damião é envolvida por uma batina que o padre vestia em 1990, na casa de José de Abreu, diretor da Rádio Atual. No museu, ainda pode ser vista a cadeira utilizada pelo religioso.