FeirArte é dica de passeio e compras no fim de semana em Santos

Querendo renovar o guarda-roupa sem gastar uma fortuna? Pois tem vestidos, saias, camisas, shorts, bolsas e mochilas de todos os tipos, estilos e tamanhos. A intenção é dar uma levantada no visual? É só escolher: brincos, anéis, pulseiras, tiaras, colares, pingentes e até dred, tererê e tranças.

Perfeito também se a proposta for atualizar os itens de cozinha, as roupinhas de bebê e do pet ou ainda escolher peças da linha noite para dar uma esquentada no clima.

Bateu fominha? Que tal comidas baianas, mineira, japonesa e árabe? Não? Tapioca, salgadinhos, cachorro-quente, pastéis e doces – muitos doces? Perfeito.

Tudo isso – e muito mais – o público encontra nas duas FeirArte, feiras de artesanato montadas aos sábados e feriados, no jardim da Praia do Boqueirão, em frente à Avenida Conselheiro Nébias, e aos domingos, na Praça Caio Ribeiro de Moraes e Silva, a praça do Sesc, no bairro Aparecida, sempre das 16h às 22h.

Originalmente chamada de "feira hippie" e considerada a primeira feira de rua do gênero do Brasil, a FeirArte do Boqueirão completou 51 anos de existência em novembro passado e a do Sesc, 34 anos.

VARIEDADE

“Venho aqui quase todos os domingos e sempre acho alguma coisa pra mim, para as crianças ou para dar de presente”, disse Maria Laura de Alencar, que nesses passeios está sempre acompanhada de Luíza e Henrique, de oito e nove anos, respectivamente. Ambos estavam interessados nos cubos de madeira e no Zé Tampinha, fantoche articulado, feito com tampas plásticas, pela artesã Maristela Silveira, que se dedica à arte urbana desde 2008.

Já as irmãs Helena Costa e Heloisa Carvalho, ambas de Sorocaba, estavam na dúvida de qual vestido colorido escolher. “São lindos, com estampas muito bonitas e bem fresquinhos para o verão”, disse Helena. Elas têm família na Cidade e sempre que podem vêm com os maridos passar o fim de semana na praia e se divertir na noite santista.

ENCONTRO DE AMIGOS

A FeirArte é também ponto de encontro e local de fazer amigos. Viúva e com a filha já casada, a artesã Regina Guerise monta sua barraca de peças de crochê há nada menos que 27 anos e hoje atende filhas de freguesas que conquistou ao longo do tempo.

“Aqui fiz muitas amizades e o que eu vendia me ajudou muito, pois quando casei pude comprar fogão, geladeira, tudo para montar a casa”, afirmou ela, lembrando que sua filha Bianca, agora com 28 anos, brincava quando pequena nas goiabeiras que existiam na praça do Sesc.

Regina aprendeu a arte do crochê com a mãe e a costurar à máquina com a avó. Atualmente, a renda obtida nas vendas é revertida integralmente para animais recolhidos em abrigos e a ONGs.
Maria José diz ter perdido as contas de quantos anos expõe nas feiras de artesanato. “Comecei no canal 1, depois para a última quadra da Conselheiro Nébias, que era fechada ao trânsito, em seguida fui para o jardim da praia e para a praça do Sesc. Comecei vendendo roupas e nunca mudei de material e nem de local nas feiras. Só paramos de trabalhar por conta da pandemia.”

As FeirArte ficaram suspensas de março de 2020 a abril de 2021 por causa da covid-19, mês em que voltaram a ser montadas, mantendo até hoje os protocolos de distanciamento social, uso de máscaras e de álcool em gel.

EVOLUÇÃO

Maristela Silveira e o marido cuidam desde 1987 da barraca de artesanato, que há 13 anos ganhou peças criativas de arte urbana. Ela destacou a importância da feira, que hoje é organizada pela Secretaria de Empreendedorismo, Economia Criativa e Turismo, e vem evoluindo cada vez mais.

"Estamos com muitas ideias para incrementar a atividade, atrair novos expositores e reforçar o perfil turístico desse tradicional espaço santista. Esse aprimoramento que vem sendo feito faz bem a todos: expositores, turistas e santistas", disse ela, que integra a Comissão Paritária da FeirArte.