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Fams faz 13 anos e integra centro de lutas políticas nacional

Publicado: 11 de dezembro de 2008
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O aniversário é da Fams (Fundação Arquivo e Memória de Santos), mas a cidade é que vai ganhar um presente: na terça-feira (16), às 10h, a Fams assina termo de cooperação com o Arquivo Nacional para integrar o projeto Memórias Reveladas – Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985), cujo objetivo é a criação de uma rede nacional de informações arquivísticas. O ato, que contará com a presença do diretor-geral da instituição nacional, Jaime Antunes, integra a programação do 13º aniversário da instituição, a ser realizada na Casa de Frontaria Azulejada (R. do Comércio, 96, Centro Histórico). A programação envolve ainda lançamento, às 15h, do e-book A imprensa e a Cidade de Santos, de autoria do historiador Alexandre Alves, em homenagem aos 200 anos da imprensa no país. Às 15h30 haverá apresentação de projetos da Fams para 2009; às 16h, homenagem aos parceiros da Fams e, em seguida, entrega de certificado aos participantes de suas atividades, este ano. A fundação, que já tem parcerias com o Arquivo Nacional, será responsável pelo levantamento de informações e documentos junto a instituições e munícipes de toda a região, e também pela atualização de informações no banco de dados on-line. O projeto tem por objetivo abrir espaço para a difusão de informações a respeito da repressão e da resistência política e social no Brasil. "Serão revelados importantes acontecimentos dos anos que antecederam o movimento até o fim do regime militar, e suas conseqüências". MILHÕES DE PÁGINAS Já com material de 12 estados – a maior contribuição é de São Paulo, onde funcionou o extinto Dops (Departamento de Ordem Política e Social) -, o projeto Memórias Reveladas é uma iniciativa inédita na implementação de uma política pública de integração em rede de acervos e instituições, visando à criação de um Centro de Documentação. Desde 2005, todos os órgãos e instituições públicas estaduais e federais, que contêm arquivos sobre a ditadura militar, foram intimados pelo governo federal a enviar seus acervos para o Arquivo Nacional, órgão que centraliza todas essas informações – inclusive do extinto SNI (Serviço Nacional de Informações) – num banco de dados consultável. O acervo sobre ditadura já chega a quatro milhões de páginas. Segundo Jaime Antunes, também diretor do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), o acesso do público dependerá da classificação de cada fundo. Segundo a lei, arquivos ultra-secretos, por exemplo, só podem ser abertos depois de 30 anos – renováveis por mais 30.