Famílias deixam área de risco no Morro da Caneleira

A prefeitura promoveu a desocupação de 26 imóveis, antes habitados por mais de 60 pessoas, em área de alto risco na Rua das Pedras, no Morro da Caneleira. O Centro Esportivo M. Nascimento Jr., na Zona Noroeste, foi disponibilizado para servir de alojamento provisório para as famílias que não têm para onde ir e até o final da tarde desta terça-feira (11) abrigava cinco delas.

A remoção atende determinação judicial, pois desde setembro passado a administração tentava retirar os moradores. Na semana passada, deslizamento de parte da encosta atingiu uma das moradias, mas sem vítimas, comprovando a falta de segurança e possibilidade de ocorrência de maior gravidade.

Ainda na terça, todas as famílias já haviam deixado o local e as moradias foram lacradas e interditadas pela Defesa Civil. A prefeitura enviou equipes e veículos para auxiliar na mudança, acompanhada por técnicos da Seas (Secretaria de Assistência Social). A maioria foi para casa de parentes e amigos. As cinco famílias alojadas no M. Nascimento envolvem 12 pessoas (7 adultos, 3 crianças e dois adolescentes).

O equipamento municipal dispõe de colchonetes, travesseiros, lençóis, toalhas, roupas e alimentação. As refeições são feitas no Cecom Arco-íris, que funciona anexo ao centro esportivo, onde também há uma sala de TV. Durante 24 horas haverá uma operadora social de plantão para atender as necessidades das famílias, além da segurança da Guarda Municipal.

Ação
O risco na área do Morro da Caneleira foi detectado pela administração municipal, que notificou os ocupantes em 25 de setembro de 2010 e, a partir de então, procurou convencer os moradores a deixarem as casas antes do período de chuvas. Como não concordaram, a Procuradoria Geral do Município ingressou com ação pública na 2ª Vara da Fazenda, solicitando a desocupação. No começo da noite da última sexta-feira (7), o juiz Marcio Kammer de Lima deferiu a liminar, determinando que as moradias fossem desocupadas ate as 20 horas de segunda-feira (10).

No sábado, os moradores foram comunicados da decisão judicial. Além da ajuda na mudança, a prefeitura ofereceu alojamento (guardando os móveis em outro local) ou auxílio-aluguel no valor de R$ 400,00 mensais - o que vinha sendo ofertado aos moradores desde 25 de setembro. A ajuda para custeio de moradia é válida por três meses e poderá ser prorrogada, de acordo com cada caso.

Duas famílias deram entrada no auxílio-aluguel; outras estão em busca de imóveis para locação, providenciando documentação necessária ou passando por entrevista com as assistentes sociais. Para solicitar o benefício, o representante da família deve se dirigir à unidade das 8h às 17h. Mais informações no 3291-6279.