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Expo em Santos: painel propõe empoderamento feminino para todo tipo de mulher

Publicado: 24 de julho de 2022 - 20h04

Um dos últimos painéis a ser apresentado na Expo Cidades Criativas Brasileiras, em Santos, girou em torno do Empoderamento Feminino. Para debater o tema foram convidadas a representante da Afrotu – Coletivo de Afroempreendedores da Baixada Santista, Cristiane Gattaz, Consultora em Comercialização de Tecnologia, e as representantes da gestão pública santista Diná Ferreira Oliveira, Coordenadora de Políticas para Mulheres, Taiane Myake, coordenadora da Coordenadoria Municipal de Políticas para a Diversidade. A discussão contou com mediação da vice-prefeita de Santos, Renata Bravo.

Única convidada do setor privado, Cristiane Gattaz disse que a mulher precisa sair do seu papel de vítima e melhorar a autoestima, entre outras sugestões, mas observou que são as políticas públicas, por meio das servidoras que estão ali, no dia a dia da população feminina,  que realmente contribuem para a emancipação das mulheres. Opinião compartilhada por Diná Ferreira, que destaca a importância do cuidado primário com as mulheres na área da saúde. “Cuidamos dela para que a mulher desperte para o que ela quer e pode ser”, afirma.

Renata Bravo lembrou que a administração da Cidade precisa estar próxima da sociedade civil. “Enquanto governo temos a preocupação de mostrar quais são as portas de entrada para elas”, afirma a vice-prefeita de Santos sobre os programas voltados às mulheres.

A Prefeitura também faz parcerias com grupos sociais, como no caso da Afrotu, durante o mês da Consciência Negra junto com o Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e Promoção da Igualdade Racial. Luciana da Cruz, representante do Coletivo de Afroempreendedores, se mostra animada com essa colaboração do poder público.   “A dificuldade encontrada pelas mulheres pela autonomia, ganha um peso extra quando se trata de mulheres negra”, chamando atenção para as especificidades do complexo mundo feminino.

Essa variedade de perfis ganhou amplitude na fala de Taiane Miyake, mulher trans e Coordenadora de Políticas Públicas para a Diversidade. Embora defenda que quando pessoas trans e travestis recorrem à prostituição também estão sendo empreendedoras, ela acredita que o poder público precisa criar políticas para colocar essas pessoas no banco das escolas, para que quando cresçam possam ocupar qualquer lugar no mercado de trabalho, em vez de venderem seus corpos.

 “Precisa haver políticas para as mulheres, sim! Mas para todos os tipos de mulheres. Eu como mulher trans, posso ter um câncer de mama, então eu preciso ser incluída no Outubro Rosa. Assim, como eu também posso ter um câncer de próstata, e preciso ser incluída no Novembro Azul. Eu não quero privilégios, eu quero dignidade!”, quando foi muito aplaudida por toda a plateia.