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Estudantes de Santos vencem mostra científica do Instituto Butantan com trabalho sobre dignidade menstrual

Publicado: 25 de outubro de 2021 - 18h07

Dois trabalhos desenvolvidos nas escolas municipais de Santos pelo programa Santos Jovem Doutor conquistaram o primeiro e segundo lugares na I Mostra Científica do Insituto Butatan – Desafios da Saúde Pública no Século 21: Aspectos Biotecnológicos e Socioambientais no Enfrentamento de Doenças, cujos resultados foram divulgados na semana passada.

A pobreza menstrual, tema que vem ganhando a atenção nas mais diversas plataformas, foi o maior destaque na categoria ensino fundamental (6º ao 9º ano), desenvolvido por quatro alunas da escola Mario de Almeida Alcântara (Valongo).

Elas colocaram o tema em discussão com a realização de mais de 200 questionários na comunidade escolar. A resposta mais frequente ficou em torno de questões de privacidade nos banheiros, para colocar ou trocar o absorvente, o que pode causar situações de constrangimento.

"A gente fez um formulário, foi a nossa principal fonte de pesquisa na hora de preparar todo o material, e a pesquisa foi feita na escola e também teve a participação da comunidade escolar, com mulheres mais velhas, homens trans e não binários", disse Heloizy Diniz Alves, que apresentou o trabalho ao lado das colegas Letícia Victória Santos Silva, Julia Ferreira Silva e Geovana Morais Diegues Pena.

O único aluno do Programa Santos Jovem Doutor da unidade, Wesley da Silva Pereira, contou que era um assunto que ele não conhecia. "Mas ouvindo elas falarem, achei importante que fosse alvo do trabalho”, comentou.

Segundo a professora Valquíria Santos de Santana, responsável pelo programa na escola, “a proposta agora é, com o 'Jovem Doutor', abrir novos espaços de discussão e ampliar para todas as unidades municipais a oportunidade de falar sobre esse assunto". Ela demonstra confiança e entusiasmo nos jovens. “Acredito na potência que cada um deles tem para mudar a história de sua vida. Jovens protagonistas e conscientes que geram mudanças em seus ambientes de convivência."

A GOTA QUE SALVA O MUNDO

O segundo lugar, na categoria ensino fundamental (6° ao 9°), também foi conquistado por estudantes da rede municipal de Santos. Os alunos dos sétimos anos da ‘Edméa Ladevig’ (Gonzaga) concorreram com o projeto "A Gota que salva o mundo", sobre a vacina contra o coronavírus.

Para a aluna Luiza Melo Santos, do 7°B, foi muito gratificante participar. "Fiquei muito feliz em ver que, entre diversas escolas, a nossa ficou em segundo lugar. Eu nem acreditei na hora, sabe? Porque foi uma conquista assim tão grande!" comemora.

Vitória dos Santos Souza, do 7°C, também da 'Edméa Ladevig', disse estar muito feliz com o resultado. "Estou orgulhosa, porque eu e os outros Jovens Doutores trabalhamos muito, em conjunto, nesse projeto e é por isso que é gratificante ver que a gente chegou tão longe e eu fico muito feliz com isso!" explica Vitória.

Para a professora orientadora da atividade, Juliana Lira, "o Programa Santos Jovem Doutor dá oportunidade para que os jovens, mesmo sendo ainda do ensino fundamental II, possam ter contato com o mundo acadêmico e com a linguagem científica. Eles aprendem como pesquisar, a importância da pesquisa e tomam gosto pelo estudo".

Ao todo, nove trabalhos dos estudantes de Santos foram selecionados. A mostra recebeu 117 inscrições e teve 74 produções aceitas.

A mostra do Insituto Butantan tem como objetivo estimular a curiosidade, o pensamento crítico, a capacidade de inovação sobre temas relacionados à saúde pública e ao fazer científico. Os trabalhos foram divididos em três categorias: ensino fundamental 1º ao 5º ano, ensino fundamental 6º ao 9º ano e ensino médio. Todos os projetos aceitos receberam certificado de participação e os que obtiveram melhor classificação receberam prêmios.

OUTROS TRABALHOS

Outro trabalho apresentado pela escola "Edméa Ladevig", foi feito pelas turmas de 8º, 9º anos e veteranos (ex-alunos da rede municipal e que continuam no programa), que participaram com três trabalhos, abordando os impactos das fake news, com o professor Marcelino Souza. Ainda sob a orientação da professora Valquíria Santana, os estudantes da ‘Mário de Almeida Alcântara’ apresentaram também 'Da máscara ao lixo: os problemas dos descartes indevidos e agentes epidemiológicos'.

A turma da Unidade Municipal de Educação (UME) Ayrton Senna da Silva (Campo Grande), orientada pela professora Dúnia Nunes, desenvolveu o trabalho 'Saúde Mental na Pandemia'.

A escola ‘Judoca Ricardo Sampaio’ (Caruara) foi representada pelo projeto 'A importância da telemedicina para a saúde pública no período pandêmico' (professora Maria de Lourdes Medeiros). O grupo da UME Lourdes Ortiz (aparecida) desenvolveu o trabalho 'JDCast: Vacinas' (professora Daniele Carvalho), abordando as diferentes plataformas de produção da vacina.

SANTOS JOVEM DOUTOR

Iniciado em 2015, o PSJD realiza ações de valorização da ciência, prevenção e promoção da saúde, incentivando a cidadania e as relações interpessoais. A iniciativa, que é destinada aos estudantes de 8º e 9º anos e em formato piloto para os de 7º ano das escolas municipais, é fruto da parceria entre as Secretarias de Saúde (SMS) e Educação (Seduc) com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), por meio da disciplina de Telemedicina.

 

Galeria de Imagens

O grupo de alunos participantes do Jovem Doutor sentados em sala de aula, com um telão ao fundo. #paratodosverem
Grupo de alunos do Santos Jovem Doutor, na Mario de Alcântara