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Estratégias de Santos no combate à chikungunya ganham menção honrosa em congresso estadual

Publicado: 18 de março de 2023
14h 24

As estratégias adotadas de forma pioneira pela Secretaria de Saúde de Santos no enfrentamento à chikungunya, que serviram de modelo para outros munícipios, ganharam menção honrosa na 12ª edição do Prêmio David Capistrano, realizado no 36º Congresso de Secretários Municipais do Estado de São Paulo, encerrado na última sexta-feira (17) com 1.496 trabalhos inscritos.

Em julho, a iniciativa santista, junto com outros premiados, representará o estado de São Paulo na Mostra Nacional ‘Brasil Aqui Tem SUS’, durante o 37º Congresso Nacional de Secretarias Municipais. Intitulado “Primeira epidemia de chikungunya no município de Santos – experiência na detecção precoce”, o trabalho detalhou como o município enfrentou no ano de 2021 as epidemias de dengue e chikungunya, simultaneamente a momentos críticos da pandemia de covid-19 e o início da campanha de vacinação contra essa doença.

“Foi um período em que toda a rede de saúde, seja na parte assistencial como de vigilância, estava bastante demandada e os desafios de saúde se impuseram de uma só vez. Era necessário agir o mais breve possível para evitar casos e mortes. E reduzimos em mais de 90% os casos de chikungunya na cidade. Em 2021, foram registrados 7.370 casos de chikungunya em Santos; em 2022, 338; e neste ano, 7. Em 2021, a chikungunya causou 4 óbitos, mas depois não tivemos mais mortes pela doença”, afirma Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.

Carolina Ozawa, coordenadora de Vigilância em Saúde, detalhou as estratégias adotadas pelo Munícipio em apresentação no Congresso, ao lado da médica Nivia Torres dos Santos e da técnica de enfermagem Luciana Souza de Assenção de Jesus.

“Foi uma experiência de como organizar a rede para atender a todos ao mesmo tempo. Adotamos uma estratégia de vigilância precoce dos casos, que serviu de modelo para todo o Estado: organização da rede de saúde com insumos, preparação da retaguarda nas especialidades (com disponibilidade de reumatologista e fisioterapia, essenciais para o tratamento da chikungunya) e solicitação de exames de sorologia para identificar não somente a dengue, mas também a chikungunya. Orientamos os médicos a solicitarem os dois exames ao atenderem os pacientes e, assim, identificamos muitos casos de chikungunya”, destaca Carolina.

Paralelamente, no ano de 2021, foram retomadas as visitas aos imóveis pelos agentes de combate a endemias, já que em 2020, devido a um período necessário de reclusão da sociedade, não foi possível adentrar nas casas dos munícipes.

Para o secretário de Saúde, Adriano Catapreta, “o reconhecimento obtido no Congresso é fruto da capacidade da equipe em se reinventar, em avaliar as situações e lançar mão de estratégias que mudam a rotina, mas que beneficiam diretamente a saúde pública”.