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Especialistas da Prefeitura de Santos falam sobre prevenção ao suicídio em evento na Unimes

Publicado: 18 de setembro de 2019
16h 45

Escutar, dialogar, acolher, não julgar e incentivar a buscar ajuda. Esses foram verbos repetidos inúmeras vezes durante o evento 'Saúde Emocional e Valorização da Vida', promovido pela ASPPE - Pesquisa, Prevenção e Educação, nesta quarta-feira (18), no auditório da Unimes (Universidade Metropolitana de Santos), na Encruzilhada.

O encontro reuniu cerca de 300 pessoas, entre integrantes do programa 'Prepara Jovem' da ASPPE, estudantes da universidade e público em geral, para falar sobre suicídio, em alusão ao Setembro Amarelo.

O tema foi explanado pela psicóloga Luciana França Cescon e pela psiquiatra Natália Quireza Lemos, ambas da Prefeitura de Santos. Os sinais de alerta, como perceber tendências e problemas no cotidiano que podem conduzir o jovem ao suicídio e quando procurar ajuda especializada, foram pontos destacados por elas, que também falaram da importância da família ser orientada para lidar melhor com a situação.

“O suicídio não é covardia nem coragem, mas sofrimento que precisa ser validado. Muitas vezes, a pessoa não fala porque sente medo de ser julgada. Quando fala, consegue pensar em outras possibilidades para lidar com seus problemas. Trata-se de uma combinação de sentimentos e pensamentos fora do controle. Não é uma situação isolada como o término de um namoro. É preciso trazer o diálogo de forma mais próxima e integrada com a família também”, disse Luciana.

Segundo ela, a terapia é um cuidado em saúde mental que ainda esbarra na resistência da sociedade. “É preciso tratar essa questão como sofrimento e não com julgamento. E a pessoa precisa procurar ajuda em alguém que confie e não desistir no primeiro profissional. Desistir do psicólogo e não da psicologia”, acrescentou. A especialista ainda orientou a escrever um plano de ajuda, colocando no papel o que te faz bem. ”É um movimento de autocuidado”.

Para a aluna de psicologia da Unimes Vivian Pereira Farias, 18 anos, “é importante não ter vergonha de falar sobre o assunto e se conscientizar para se ajudar e ajudar os outros”.