Seu navegador não possui suporte para JavaScript o que impede a página de funcionar de forma correta.
Conteúdo
Notícias

Especialistas alertam sobre hepatites

Publicado: 18 de junho de 2003
0h 00

Embora não seja necessariamente uma doença sexualmente transmissível, a hepatite também tem preocupado os profissionais de saúde pelo grande número de pessoas contaminadas no Brasil. Além disso, a ocorrência do vírus da hepatite em portadores do HIV também merece atenção especial, uma vez que uma doença influencia significativamente no desenvolvimento da outra. Na última terça-feira (17), A Epidemia de Hepatites e Co-Infecção HBV/HCV/HIV foram os temas apresentados na conferência que encerrou as atividades do dia no 1º Congresso Santista de Aids, DST/Hepatites, realizado no Mendes Convention Center. Os responsáveis pelas palestras foram, respectivamente, o médico dos hospitais Emílio Ribas e São Luiz e professor da Universidade de Jundiaí, Orlando Jorge Gomes da Conceição, e o médico do Hospital Emílio Ribas e professor assistente da Unimes, Edgar De Bortholi Santos. De acordo com professor Orlando Jorge, a única forma de hepatite que pode ser considerada praticamente uma DST é a Hepatite B, uma vez que esta é sua maneira mais comum de contágio. No entanto, a modalidade que merece mais atenção é a Hepatite C, última a ser identificada. Descrita pela primeira vez em 1990, ainda não conta com vacina, ao contrário das provocadas pelos vírus A e B. Além disso, é considerada uma doença silenciosa, já que cerca de 80% dos portadores não apresentam sintomas. O mais preocupante, segundo o médico, é que também 80% dos pacientes acabarão desenvolvendo a hepatite crônica, mais grave que a aguda. Já entre os portadores do HIV, o vírus da Hepatite C (HCV) pode ter efeitos ainda mais sérios, conforme explicou o professor Edgar De Bortholi. Como o HIV aumenta a carga viral do HCV em até oito vezes, a evolução da doença crônica para uma cirrose pode acontecer em um período entre oito e 15 anos, quando nas pessoas sem HIV esse prazo pode ser de até mais de 30 ou 40 anos. Ainda de acordo com o especialista, é essencial que os co-infectados pelo HIV e HCV recebam vacinas contra os vírus do tipo A, já que a contaminação desse grupo por mais esse vírus traz alto risco de uma hepatite fulminante, que leva à morte.