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Escola promotora de saúde vai prevenir fatores de risco para crianças e jovens

Publicado: 12 de março de 2002
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Identificar e prevenir de forma precoce os problemas e riscos para a saúde que afetam o processo de aprendizagem, no qual se incluem violência familiar, doenças transmissíveis sexualmente, gravidez na adolescência, utilização de álcool e outras drogas, falta de vacinação, obesidade, é uma das propostas do programa Escola Promotora de Saúde, que foi iniciado no segundo semestre do ano passado, num trabalho conjunto das secretarias de Saúde (SMS) e de Educação (Seduc). Nesta semana, o programa entrou numa nova etapa, com distribuição de cadernos de orientação às 14 escolas envolvidas, além da definição de todos os projetos para 2002. As escolas vão discutir temas como alimentação, higiene, segurança, planejamento familiar, primeiros socorros, promoção de fatores de proteção e de ambiente saudável, buscando ainda o envolvimento das famílias nas ações educativas. O programa deve ganhar novo impulso este ano, não apenas com palestras e ações de Educação em Saúde, como também detectando e realizando diagnósticos como anemias, e promovendo campanhas de vacinação nas escolas. Está prevista ainda a realização de avaliação postural e pesquisa do uso de álcool e drogas. Para atingir os alunos vão ser feitas dinâmicas de grupo com presença de profissionais, médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outros segmentos nas escolas. Os alunos também participam ativamente com apresentações, debates e painéis sobre temas de Saúde, que cada escola elegeu. A SMS também sugere assuntos, com base em pesquisa dos problemas que afetam cada bairro. Já se conhece o alto índice de adolescentes grávidas, especialmente na Zona Noroeste e Centro e as doenças mais comuns em cada região, conforme dados da Vigilância Epidemiológica, assim como a gravidade da violência que mata centenas de jovens todos os anos, especialmente nas áreas onde há favelas e grande número de famílias desestruturadas. CADERNOS SÃO DISTRIBUÍDOS Na última segunda-feira, uma nova etapa desse programa foi iniciada, com a distribuição de cadernos de apoio (livretos de 15 páginas) às diretoras das 14 unidades que estão implantando o Escola Promotora de Saúde, de forma experimental. O material foi entregue ainda às supervisoras da Seduc e às coordenadorias da SMS. Também foi eleita a comissão (4 representantes da SMS e 4 da Seduc), que estarão supervisionando as ações que cada escola realiza. A Coordenadoria da Criança e do Adolescente, lembra ainda sobre a meta de envolver a comunidade nos projetos. Ela é idealizadora do programa que segue parâmetros propostos pelo Ministério da Saúde e OMS. CONFIRA ALGUNS NÚMEROS Nos levantamentos realizados pela Coordenadoria da Criança e do Adolescente figuram alguns números significativos. Santos possui 124.244 crianças e adolescentes, com idade entre 0 a 19 anos, ou seja, 29,8% dos 417.777 habitantes do município, assim distribuídos 0 a 4 anos = 24.563 (5,9%) 5 a 9 anos = 28.316 (6,8%) 10 a 14 anos = 34.503 (8,3%) 15 a 15 anos = 36.862 (8,8%) No ano de 2000, dos 6.131 bebês nascidos, l.034 foram de mães adolescentes, entre 11 a 19 anos. A proporção de partos e abortamentos nessa faixa etária alcançou 23,28%. Em 2000, a SMS também levantou que entre os principais fatores de morte de crianças e adolescentes aparecem as causas externas, incluindo agressões com uso de armas e acidentes de trânsito, sobretudo na faixa de 15 a 19 anos, enquanto que entre os menores de 1 ano, as mortes ocorreram devido a afecções originadas no período perinatal e malformações. Traumatismo intracraniano, desidratação, pneumonia, asma, epilepsia, infecções bacterianas, peritonites além de partos, foram os principais motivos das 6.220 internações hospitalares, na Santa Casa, prontos-socorros municipais e outros hospitais, entre crianças e adolescentes. Outro dado significativo: numa amostra de 1.183 crianças atendidas nos CVCs – Centro de Valorização das Crianças, de fevereiro de 2000 a fevereiro de 2001, houve 264 casos de violência familiar. AS ESCOLAS ENVOLVIDAS Emef Ayrton Senna da Silva, Marapé: Emef Cidade de Santos- Macuco; Emef Dino Bueno – Encruzilhada; Emef Docas de Santos – Vila Mathias; Emef Edméa Ladevig – Gonzaga; Emef Dr.Fernando Costa – Vila São Jorge; Emef Gota de Leite – Encruzilhada; Emef Padre Leonardo Nunes –Jardim Castelo; Emef Mário de Almeida Alcântara – Valongo; Emef Pedro II – Ponta da Praia; Emef 28 de Fevereiro, Saboó; Emef Therezinha Siqueira Pimentel – Morro do São Bento; Emef Pedro Crescenti, Rádio Clube; Emef José Carlos Azevedo Junior – Jardim São Manoel.