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Equipe de terminal marítimo em Santos é orientada sobre combate ao fumo

Publicado:
13 de fevereiro de 2020
17h 24
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Para alertar sobre os riscos que o cigarro causa à saúde, as formas de combater o vício e informar aonde procurar ajuda profissional, uma equipe do Programa de Atenção Intensiva ao Tabagista, da Secretaria Municipal de Saúde, participou da 7ª Semana Interna de Prevenção a Acidentes do Terminal Marítimo de Passageiros de Santos (Concais).

 

Os trabalhadores da empresa assistiram a uma palestra e fizeram o teste no monoxímetro, aparelho que mede a concentração de monóxido de carbono no organismo, seguidos por dinâmicas com bexigas para demonstrar que o coração do fumante, devido ao entupimento das artérias, é mais frágil.

 

“Parar de fumar não é fácil porque, além da dependência física, existe a dependência comportamental, porque as pessoas fumam em determinadas situações, de forma rotineira”, explica Renato Dutra Matos, articulador do Programa de Atenção Intensiva ao Tabagista.

 

Que o diga Bruno de Lima Melo, técnico de segurança do trabalho, fumante há cerca de 20 anos. “Quem fuma se justifica na ansiedade, em momentos de comemoração e de tristeza também. Não sei dizer porque não paro”, reflete ele, que consome um maço por dia.

 

Ao soprar o monoxímetro, Bruno atingiu o índice de 35ppm (partículas por milhão), que o identifica como fumante pesado. Todos os participantes fizeram o teste. Não fumantes atingem índices de zero a seis ppm e luzes verdes no aparelho se acendem; fumantes leves, de sete a 10 ppm, com luzes amarelas; fumantes de 11-20 ppm, luzes vermelhas; e acima de 20 ppm - fumante pesado, luzes vermelhas e disparo de sinal sonoro. Quanto maior a concentração de monóxido de carbono, maior a dependência do cigarro e de risco de doenças.

 

“O aparelho não faz diagnóstico, que cabe sempre ao médico, mas é um indicador importante de alerta”, explica Renato.

 

PARA EMPRESAS

Qualquer empresa pode agendar a visita da equipe da Secretaria de Saúde para conscientizar os funcionários sobre o assunto. A solicitação deve ser feita à Seção de Atenção à Saúde da Comunidade, pelo e-mail seatesc@santos.sp.gov.br.

 

COMO PROCURAR AJUDA

Santos é referência no estado de São Paulo em razão do sucesso obtido pelo Programa de Atenção Intensiva ao Tabagista – cerca de 45% dos participantes deixaram de fumar ao final dos três meses de encontros, realizados nas unidades de saúde da Cidade desde 2014.

 

Atualmente, a Policlínica da Ponta da Praia (Praça Primeiro de Maio s/nº) está com inscrições abertas para a próxima turma. Os interessados devem ir até a unidade e apresentar o RG, cartão SUS e comprovante de endereço.

 

Em março, começam novas turmas nas unidades Vila Mathias (Rua Xavier Pinheiro, 284), Bom Retiro (Rua João Fraccaroli s/nº) e Alemoa/Chico de Paula (Rua Afonsina Proost de Souza s/nº). Atualmente, estão em andamento grupos nas policlínicas do Bom Retiro e Vila Mathias, com cerca de 10 integrantes em cada.

 

Demais interessados podem ir à policlínica de referência do bairro onde moram, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e deixar o nome na listagem. É preciso ter mais de 18 anos e morar em Santos.

 

Os grupos são criados com base na disponibilidade de insumos pelo Ministério da Saúde e demanda da população de cada área. Os pacientes passam por triagem da equipe técnica da policlínica para participar do programa, sempre em, no máximo, grupo com 15 integrantes. O trabalho é desenvolvido em sete sessões, sendo quatro semanais, duas quinzenais e a última um mês depois do sexto encontro.

 

No programa, são ensinadas técnicas como exercícios de respiração contra o estresse, orientação sobre atividades físicas e alimentação, tratamento de reposição de nicotina (adesivos e goma de mascar) e medicação sob prescrição médica.

 

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