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Enfermeira aposentada divide experiências após enfrentar e vencer o câncer de mama

Publicado: 11 de outubro de 2019 - 15h19

A batalha de Alana Betânia Tavares da Silva Domingos, de 56 anos, começou em 2015. Era janeiro quando um exame de rotina nas mamas apontou que um nódulo aparentemente inofensivo era, na verdade, um câncer. Hoje, anos após cirurgia, quimioterapia e radioterapia, a acupunturista e enfermeira aposentada da Secretaria de Saúde leva a própria história de superação a várias pessoas, como as que participaram, nesta quinta-feira (10), da III Jornada Ressignificar, na Beneficência Portuguesa.

"Quando recebi a notícia, fiquei desnorteada. Mas como eu já acompanhava esse nódulo, parecia que eu estava esperando. Susto maior mesmo foi quando eu percebi que teria que fazer químio e radioterapia", Alana diz que sentiu medo, angústia e chorou. Mas foram reações iniciais, garante. ‘’Eu penso que tudo depende da forma como vemos as coisas e de como queremos ver. Houve momentos difíceis, mas tive uma grande base de apoio’’, explica, citando o marido, o filho então com 16 anos, familiares, amigos e o Programa Ressignificar, que oferece ao servidor público de Santos com histórico de neoplasia serviços de assistência social, psicologia e apoio para providências relacionadas ao tratamento da doença.

A enfermeira, que se aposentou no ano passado, por tempo de atividade, trabalhou por vários anos em hospitais de São Paulo na área da oncologia. Segundo ela, a experiência, sem saber, a preparou para o que enfrentaria muitos anos depois. ‘’Eu sempre fiz autoexame e os exames de rotina. Era um nódulo pequeno e, de repente, tudo mudou. Mas minha experiência profissional me ajudou a lidar com o dia a dia, com os sintomas’’, lembra Alana.

Depois de operar a mama, vieram as 18 sessões de quimioterapia. A perda de cabelo, um de seus maiores medos, se concretizou, mas ela também foi se preparando para esse momento. ‘’Meu cabelo era comprido e cortei até mesmo antes da cirurgia. Depois, cortei de novo, ainda mais curto’’. De tão compridos, os fios foram doados para confecção de peruca.

A última sessão de quimioterapia foi em dezembro de 2015. Em janeiro de 2016, ela começou com a radioterapia, que também causou efeitos desagradáveis. Em seguida, deu início a um tratamento à base de um remédio que precisa ser tomado por cinco anos.

"Faço acompanhamento com um oncologista a cada quatro meses. Falta um ano e meio para acabar de tomar o medicamento e espero estar livre’’, diz Alana, com bastante expectativa. Quando olha para trás, Alana se sente fortalecida. Para ela, por mais difícil que tenha sido, era necessário viver a experiência. ‘’Enfrentar não é fácil, mas acho que é acreditar num dia melhor, trabalhar com o hoje, com um dia de cada vez. Hoje temos acesso mais precoce aos diagnósticos e, por isso, o tratamento se torna mais brando’’.

III Jornada Ressignificar

A III Jornada Ressignificar foi uma realização da Secretaria Municipal de Gestão (Seges). O Ressignificar – Programa de Atenção ao Servidor com Histórico de Neoplasia acompanha cerca de 170 servidores que estão afastados em função do câncer e atende não só os funcionários afastados como seus familiares.

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