Empreendedorismo e relacionamentos abusivos são abordados no encerramento do Mês da Mulher em Santos

Foi finalizada, nesta quinta-feira (30), a programação do Mês da Mulher, que envolveu mais de 100 atividades alusivas ao tema durante o mês de março em Santos. O Teatro Guarany (Centro) foi o palco do encerramento, que contou com palestra da jornalista Glória Vanique e o espetáculo ‘Escolhas’, sobre relacionamentos abusivos.
Durante a abertura do evento, a vice-prefeita e secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos (Semulher), Renata Bravo, falou sobre a importância das atividades para conectar as mulheres santistas ao Poder Público. "Nosso trabalho é desenvolver políticas públicas que incentivem, defendam e acolham mulheres, e isso se torna mais fácil com a participação de vocês, seja através do compartilhamento de histórias e experiências ou da coragem de romper um ciclo de violência, incentivando muitas outras a fazerem o mesmo".

Glória Vanique entrou no palco logo após a abertura para compartilhar parte de sua história com a plateia, composta por cerca de 200 pessoas - em sua maioria mulheres. A jornalista, que também é guardiã do projeto Sebrae Delas, trouxe sua experiência após passar por emissoras como Globo e CNN e mudar de rumo ao começar a empreender, momento em que aplicou o método que apelidou de "improviso consciente", que consiste em estar sempre preparado para as mudanças da vida.

"A vida é feita de escolhas e nós as fazemos todos os dias. Eu escolhi virar a página aos 45 anos e estou aqui, porque não existe uma idade certa para mudar. Mas para isso, temos que saber improvisar, não como uma gambiarra, mas com conhecimento para lidar bem com todas as situações", afirmou a jornalista.

Após a palestra, a atriz Juliana Bordallo entrou em cena como a palhaça Flóris da Silva, na peça teatral ‘Escolhas’. Produzida pela Bordallo Cultural, a apresentação utilizou humor e interação com o público para tratar dos diversos tipos de relacionamento abusivo, desde aqueles em ambientes profissionais até relacionamentos amorosos, mostrando a importância das escolhas para se libertar destes ciclos tóxicos.

"A gente traz toda a diversidade das pequenas violências, que a gente sabe que não são tão pequenas, que a gente vive. E através do riso, as pessoas se abrem, então é interessante pautar esses assuntos através da arte. Sem falar que pelo espetáculo ser gratuito, há essa democratização do acesso ao teatro", afirmou Juliana, que também é produtora da Bordallo Cultural.