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Empreendedores apostam no centro histórico

Publicado: 18 de julho de 2003
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O Centro Histórico não pára. Na esteira das políticas públicas de revitalização, com incentivos fiscal e tributário e obras públicas melhorando a infra-estrutura da Área Central, mais empreendimentos eclodem e o desenvolvimento é a palavra de ordem entre os empresários que participam desta nova fase. Este é o caso do arrojado projeto do P&O Nedlloyd, transportadora marítima, que inaugurou, há duas semanas, suas novas instalações na Praça Rui Barbosa, próximas à Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Entre a fachada antiga e restaurada e o interior moderno e funcional, o projeto da sede da transportadora está totalmente integrado à nova força do Centro. O prédio de uma das três maiores armadoras do mundo tem quatro andares e 1.500 m² de área. Com a mudança, há a perspectiva de que o número de empregados possa até dobrar. Com esta nova localização, ficamos próximos da comunidade marítima – operadores, despachantes –, o que agiliza muito o trabalho. Também teremos espaço para mais gente. Hoje, são 60 funcionários e poderemos chegar a até 140 pessoas, comenta o gerente geral da empresa, no Brasil, Dick Meurs. ODONTO BASE Vindo da Avenida Ana Costa e instalado na área central há pouco mais de um mês, Cláudio Ciorlia Denipoti, da empresa Odonto Base, na Rua XV de Novembro, é um entusiasta do Centro Histórico. Acredito na área e nos projetos que estão sendo elaborados e postos em prática para a sua revitalização como local de turismo e comércio, diz. Instalado no térreo, Denipoti já entrou em conversação com o ocupante do piso superior do imóvel, para que possam juntos participar do projeto Alegra Centro (www.alegracentro.com.br), desenvolvido pela Secretaria de Planejamento (Seplan), que prevê o incentivo fiscal e tributário para as empresas que se instalarem no Centro Histórico e promoverem a revitalização dos imóveis incluídos na Área de Proteção Cultural (APC). Estamos dialogando e minha vontade é adequar o imóvel aos padrões propostos pelo Alegra, comenta o empresário. No caso da empresa de exportação Coimbra, número 18 a 24 da Rua do Comércio, a fachada já está totalmente restaurada e a empresa está entrando com o processo para incorporar-se ao Alegra Centro, podendo usufruir dos benefícios do programa. A restauração terminou há cerca de 30 dias. Estamos entrando com o pedido no Escritório Técnico Alegra Centro. Acredito que esta seja uma tendência das empresas aqui do Centro, que fizerem parte dos corredores de preservação histórica, comenta Severino Bernardo, funcionário da área fiscal da Coimbra. SONHO Sonho de nove anos da empresária do ramo do turismo, Silvia Abud, outro consistente empreendimento que está se instalando no Centro é a agência Grão Brasil Turismo Cultural, que funcionará na Rua do Comércio, 10, num prédio tradicional do lugar, que está em fase de reforma completa. O diferencial da Grão Brasil é o turismo cultural no Centro, que a empresária já promove. Os roteiros saem do Outeiro de Santa Catarina, passam por vários pontos históricos e terminam no Valongo. O inusitado é que os guias turísticos são atores caracterizados que, seguindo um roteiro dramatizado, vão contando sobre a História e a importância cultural dos locais percorridos. Temos este nome, Grão Brasil, há nove anos. Por conta de todo este processo de incentivo ao Centro, iniciado pelo Poder Público Municipal, senti que o momento ideal era agora. Eu e minha filha Roberta (sócia de Silvia) estamos vendo um sonho se realizando da melhor maneira possível, diz. Silvia acrescenta que a empresa continuará com as atividades de turismo emissivo, mas que o turismo receptivo é uma força da Cidade e, principalmente, do Centro que é nosso patrimônio histórico, comenta. DIVERSÃO Ainda na Rua do Comércio despontam outros negócios. É o caso do restaurante Laysa D’Oro, no número 16, que está em fase de reforma. Devemos abrir em mais 15 ou 20 dias. A proprietária é minha mãe, Luiza, que tinha outro restaurante aqui no Centro, que foi vendido. Achamos que este é o grande ponto da Cidade para este tipo de negócio, comenta Rubens Tadeu, que acompanhava as reformas. No número 14, o empresário Eduardo Falcão, o Duda, também aposta em um restaurante que deve estar pronto em mais dois meses. A nova casa que se chamará ‘Porto’, será um grill, no estilo dos restaurantes de Buenos Aires. Esta nova fase do Centro nos anima muito. Vamos funcionar durante o dia e teremos happy hour, com música ao vivo., diz Falcão.