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Doze startups concluem pré-aceleração no programa de empresas inovadoras do Parque Tecnológico de Santos

Publicado: 26 de novembro de 2022 - 10h12

Um mundo de possibilidades se abriu para startups como a Tidal Watt, uma das participantes do programa de empresas inovadoras da Fundação Parque Tecnológico de Santos, em parceria com o Sebrae for Startups e a Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Além dele, outros onze empreendedores participam da ação, que teve a primeira etapa, chamada de pré-aceleração, finalizada agora com a realização do Bootcamp Marine StartupLab.

A celebração de encerramento começou na sexta-feira (25) na Associação Comercial (ACS). O evento reuniu autoridades, comunidade de inovação e empresários ligados ao Porto de Santos, que assistiram a palestras realizadas ao longo da noite e traçaram reflexões sobre como novas tecnologias, incluindo Inteligência Artificial, Internet das coisas, Blockchain, vêm transformando a sociedade, empresas e a cultura de inovação nas organizações.

MAIS ATIVIDADES

A programação continua neste sábado (26). Haverá imersão em campo, com passeio de barco pelo canal do estuário de Santos, para conhecer as operações portuárias e palestra no Monte Serrat para trabalhar a relação Porto-Cidade. Estão previstas ainda palestras e painéis sobre temas diversos ligados ao segmento.

No final do dia, as startups farão uma apresentação rápida sobre o projeto desenvolvido na fase de pré-aceleração do programa, que tem como foco a busca de soluções inovadoras para o setor portuário, logístico e de economia azul da região da Baixada Santista.

“Todas as vezes que falamos em projetos de startups, com base em tecnologia, sabemos que elas carecem de recursos financeiros e muita assessoria de gestão e técnica. Temos aqui muitas ideias que, no jargão das startups, podem ser um unicórnio do dia para a noite, ou seja, uma startup com valor agregado muito alto. E há ainda um ambiente muito favorável na Cidade para desenvolver tudo isso. Santos é uma cidade que respira tecnologia, que respira empreendedorismo”, destaca o gerente do Sebrae Baixada Santista, Marco Aurélio Rosas.

Os startupeiros tiveram cerca de quatro meses para desenvolver ideais e inovações no local que foi criado para fomentar e abrir espaço para talentos.

INOVADOR

O fundador e diretor executivo da Tidal Watt, Mauricio Queiroz, que o diga. Ele já vinha desenvolvendo um projeto, mas viu sua proposta decolar nesse período. A ideia surgiu, literalmente, por acidente e, agora, pode revolucionar o mundo. Queiroz quer gerar energia elétrica a partir de correntes marítimas. “A ideia surgiu em um acidente de mergulho em 2018. Na hora de subir, tem que ser aos poucos por conta da pressão, eu e meu grupo fomos surpreendidos por uma corrente nesse momento. Ficamos à mercê desta corrente e fomos arrastados”.

Apesar do susto, ele conta que fez “alguns experimentos” com o próprio corpo enquanto era levado pela corrente. “Sou físico de formação, então fiquei surpreso com a energia que a corrente tinha. Quando conseguimos emergir, quilômetros à frente, todo mundo comentou o mesmo”.

A situação deixou uma grande interrogação na cabeça do físico. “Era muita energia que não estava sendo aproveitada e não aparecia na matriz energética mundial. Ali tive um insight e fui entender porque o mundo ainda não estava aproveitando esta energia”.

Ele conta que foi investigar por que que empresas que já buscam aproveitar esta energia não conseguia fazê-lo de forma muito eficiente. “Descobri que elas usavam o conceito errado. Adaptavam turbinas eólicas no mar. Todas as características tão fundamentais que diferenciam a água do ar não estavam sendo levadas em consideração na hora de fazer um projeto para capturar a energia. Aí achei o gap”.

Com a participação no programa, ele conseguiu acelerar o projeto. A invenção já foi patenteada em 44 países. No Brasil, já obteve a patente verde. “Aquela energia que eu vi no acidente agora pode ser capturada de forma eficiente. E, a partir das conexões com o Parque Tecnológico e o Sebrae, já fomos apresentá-la em Londres. Saímos agora em uma revista norte-americana como uma das três tecnologias que podem mudar o mundo”.

NOVOS PASSOS

O novo programa, que integra os esforços para transformar a Baixada Santista em um polo nacional de desenvolvimento tecnológico e científico nas áreas de porto e logística, tem novos passos pela frente.

Segundo o diretor-presidente do Parque Tecnológico, Rogério Vilani, o evento encerra apenas uma primeira etapa e aproveitou para fazer um balanço da fase de pré-aceleração. “Tivemos 12 startups que conseguiram sustentar seus projetos e ideias até o fim. Com certeza, elas saem muito mais preparadas para encarar o mercado e esta busca por desenvolvimento e investimento do que entraram. Isso ocorreu porque temos parceiros muito sérios e muito competentes, que são o Sebrae e a ABStartups. A próxima etapa é a aceleração. É dessa forma que as startups trilham seus caminhos e esta etapa deve começar no início do ano que vem”, informa Vilani.