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Domingo é o dia da conservação do solo

Publicado: 11 de abril de 2001
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Além da Páscoa, uma outra data é comemorada neste domingo (15): o Dia da Conservação do Solo. Para celebrá-la, o Jardim Botânico Chico Mendes planeja, ao longo da semana, atividades com 25 crianças da Emei Bandeira Brasil. A idéia é mostrar, através de uma história a ser contada por Eda Finco Agia (do projeto Vovô Sabe Tudo), a árvore como protetora do solo. As crianças poderão, ainda, passear pelo parque e conhecer algumas espécies de plantas. A Secretaria de Meio Ambiente (Semam), por meio do Departamento de Planejamento Ambiental (Deplamb) que abriga a Seção de Educação Ambiental (Seduamb), realizará também uma série de projetos que visam à formação de consciência sobre a importância e a preservação do nosso solo. Segundo o Deplamb, o objetivo dos programas da Semam é alertar para o uso adequado dos recursos naturais e para a preservação do planeta, que deve ser uma preocupação não só da atual como também das futuras gerações. Um dos trabalhos voltados para a conservação do solo feitos pela Secretaria é o Troca Treco, considerado um sucesso tanto pelo caráter ambiental quanto pelo aspecto social, na medida em que estimula a limpeza dos mangues com doações de cestas básicas. A cada 100 quilos de plásticos coletados, embalados e limpos, os moradores das comunidades ribeirinhas recebem uma cesta de alimentos. De 1999 a novembro do ano passado, foram recolhidos 1 milhão,139 mil, 597 quilos de material reciclável que poderiam estar poluindo o meio ambiente se não fossem reaproveitados. Nesse mesmo período, foram entregues 7.942 cestas. O projeto atende cerca de 330 pessoas que residem no Jardim São Manoel, Saboó e Rádio Clube. A partir do próximo dia 20, os residentes do morro da Nova Cintra também poderão participar do programa. Um posto de troca da Prefeitura de Santos é instalado, uma vez por semana, nos bairros assistidos pelo Troca Treco. Os plásticos são recolhidos pela Terracom e separados na usina de reciclagem da Prodesan. Ainda com a finalidade de incentivar a reciclagem, o Programa Lixo Limpo percorre, durante a semana, diversos bairros de Santos. Na primeira semana de junho, a Seduamb pretende iniciar a Coleta Seletiva. Estudos mostram que 90% do material produzido e desperdiçado em escritórios são os papéis. Por isso, o prédio da Semam, junto com o Paço Municipal, vai fazer a coleta de papéis. Com isso, pretende-se dar exemplo para que outros escritórios adotem essa medida e as pessoas mudem o hábito de jogar fora aquilo que pode ser aproveitado de novo. A fim de manter as vias públicas livres de sofás, colchões, geladeiras e outros eletrodomésticos depositados por pessoas que não desejam mais esses utensílios em suas casas, a Terracom também faz o Cata Treco. Quem quiser se desfazer de algo, pode ligar para a empresa para marcar dia e horário em que o objeto será recolhido. O telefone é 3222-9054. Em relação à limpeza das areias da Cidade, a Semam desenvolve o Nossa Praia em parceria com o Rotary Club Santos-Ponta da Praia e com as ONGs (Organizações Não-Governamentais) Centro Educacional Água Viva (Ceavi) e SOS Praias. Ao contrário do projeto estadual Verão Limpo, que é realizado somente na temporada de verão, o Nossa Praia funciona em todos os finais de semana e feriados do ano com o auxílio de 26 monitores do Núcleo Eco-Profissionalizante de Santos, responsáveis em orientar os banhistas e distribuir sacolas para evitar o acúmulo de lixo nas praias. Para resolver o problema dos dejetos de animais na Orla, a Semam, a Secretaria de Educação (Seduc), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Rotary Club Santos-Ponta da Praia e a ONG SOS Praias realizam um estudo a ser colocado em prática ainda neste semestre. Jardim Botânico – No Jardim Botânico, existem dois projetos relacionados à conservação do solo: o Viveiro de Mudas da Mata Atlântica e a Compostagem Orgânica. O primeiro tem por fim o reflorestamento da biodiversidade da Mata Atlântica e a recuperação de áreas degradadas, como morros e encostas. Dentre as 15 espécies do viveiro, encontram-se folhas conhecidas dos brasileiros, como o urucum, o ipê, o pau-brasil e a eritrina candelabro. Por não serem frutíferas e nem próprias para a arborização urbana, as mudas não podem ser plantadas nas calçadas, mas são vendidas a R$ 1,00. O Jardim Botânico analisa propostas para o destino dessas plantas, como a montagem de um viveiro na marina do Guarujá e o reflorestamento do lixão da Alemoa. A Compostagem Orgânica é a produção de adubo. De acordo com o biólogo Edson Cardoso Novaes, o solo brasileiro, com exceção da terra roxa encontrada no centro-sul do País, não é muito fértil, pois carece de micro e macro nutrientes que dão força para o crescimento do vegetal. Por causa dessa falta, os agrotóxicos são usados prejudicando o solo. Com a utilização de adubo natural, a terra torna-se mais forte, retém mais água e o alimento produzido é mais saudável, já que pesticidas não são usados. Outra vantagem da Compostagem é a manutenção do equilíbrio ecológico. O efeito da Compostagem é a longo prazo, mas o custo benefício ambiental é muito grande. Para fazer a compostagem, estamos usando restos de podas de árvores e as sobras das feiras. Em vez de irem para o lixão, esses materiais estão sendo reaproveitados, afirma Edson.