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Dia dos namorados: campanha de prevenção a aids termina hoje (12)

Publicado: 11 de junho de 2003
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Se você tem namorado, use camisinha. Esse é tema central da Campanha de prevenção a DST/Aids/Hepatites, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para o Dia dos Namorados. Hoje (12), último dia da ação, os agentes estarão circulando durante a apresentação do Grupo Carinhoso, no Centro Espanhol, às 18 horas; e, em seguida, nas pizzaria Hellios, às 19h30, e Van Gogh, às 20h30, entre outros lugares de grande movimento de jovens e casais adultos. Desde o último domingo, 20 agentes de saúde estão percorrendo mais de 20 pontos de maior freqüência de casais - como restaurantes, bares, cinemas e shoppings - e distribuindo folhetos explicativos sobre as doenças sexualmente transmissíveis, fitinhas de pulso com mensagens de alerta e, ainda, preservativos. A campanha também conta com seis outdoors e dois painéis eletrônicos, que estão afixados em diferentes locais e chamam a atenção dos namorados para a importância do uso do preservativo nas relações sexuais. A coordenadora da campanha, a psicóloga Luciana Vilarinho, explica que o objetivo é orientar todos os casais, independente da idade e da opção sexual, sobre a importância do uso do preservativo nas relações sexuais, uma vez que não existem mais os chamados grupos de risco. Os dados mostram que os casos de Aids vêm aumentando entre os heterossexuais, em especial em mulheres. Também vem sendo atingida a faixa bem jovem e a terceira idade. Há cerca de 258 mil casos confirmados no país até dezembro último, sendo que Santos contribui com 4.123 portadores. DESAFIO O Município realiza trabalho considerado modelo na área de prevenção e tratamento de Aids e vem conseguindo controlar a velocidade da epidemia, apesar do surgimento de novos portadores todos os dias. Também vem reduzindo o número de óbitos (mais de 50%, desde 1996), proporcionando maior sobrevida, em razão da distribuição dos antiretrovirais (coquetéis). Outro fator positivo, é a queda expressiva da transmissão vertical, a partir da criação do programa TMI – Transmissão Materno Infantil, em 1997, oferecendo testes gratuitos a 100% das gestantes. Nesses testes, o índice de prevalência é de 1%, sendo que o tratamento dispensado à mãe portadora e ao futuro bebê, já começa durante a gestação. Mesmo com todo o trabalho realizado, a epidemia ainda é um desafio, como enfatiza a Coordenação do Programa de Aids. Segundo dados consolidados do Ministério da Saúde, Santos reduziu o número de pessoas com manifestações da doença, passando de 413 registros em 1996, para 235 em 2001. Os dados de 2002 ainda não foram fechados, mas segundo a Seção de Vigilância Epidemiológica do Município os números provisórios indicam 101 casos da doença no ano passado, mas podem surgir novas notificações. Não figuram aí os pacientes que vêm de outros municípios buscar tratamento em Santos e que representam cerca de 40% dos atendimentos no Craids, e nem os portadores de HIV assintomáticos. DSTs REGISTRAM 1.404 CASOS Há também outras doenças transmitidas na relação sexual. Dados de 2001 fornecidos pela Coordenadoria de DST/AIDS/Hepatites apontam 1.404 casos de notificações de DSTs em mulheres e 226 em homens, de acordo com atendimentos realizados nas policlínicas. O maior registro em mulheres se deve ao fato do elemento feminino procurar mais as unidades, especialmente para a prevenção do câncer do uterino. A faixa etária mais atingida está entre 15 a 49 anos. As DSTs mais comuns são corrimentos vaginais (1.059), vaginose bacteriana (824 casos), candidíase (221) e condiloma acuminado (203 casos). O maior problema das inflamações decorrentes das doenças sexualmente transmissíveis é que se tornam um elemento facilitador para o HIV, segundo a Coordenadoria do Programa de AIDS/DST/Hepatites. Os números são relativamente estáveis desde 1999, embora se saiba que exista a subnotificação, especialmente de serviços particulares. Por meio da logística de entrega de medicamentos, a rede pública tem conseguido um melhor monitoramento das notificações, sobretudo a partir dos cursos de capacitação dos funcionários. A importância do uso do preservativo também deve ser avaliada na prevenção das hepatites B e C. Para a de tipo B já existe vacina disponível nas policlínicas para jovens com menos de 20 anos e pessoas que exercem profissão de risco. O maior problema na identificação das hepatites é a falta de sintomas. A doença se manifesta de forma surda durante vários anos e quando o portador percebe os sinais, o fígado, que é a parte mais atingida do organismo, já sofreu lesões, e o quadro pode evoluir para cirrose e câncer. Daí a importância da prevenção. Já a hepatite C é transmitida, em 90% dos casos, por contato sanguíneo, em uso de objetos compartilhados, como seringas, barbeadores, objetos perfurantes, piercings, tatuagens e na manicures.